O Metrô-DF está realizando testes com um novo sistema de biometria que permite aos usuários autenticarem o acesso ao transporte por meio do reconhecimento da palma da mão. A tecnologia, ainda em fase experimental, não tem precedente no Brasil, e promete tornar o embarque no metrô mais simples, rápido e seguro.
A iniciativa teve início nesta terça-feira (2), em duas estações do Metrô-DF: Águas Claras e Concessionárias. Inicialmente, utilizarão a novidade apenas idosos, bombeiros e policiais militares. Mediante um cadastro no sistema, essa parcela com direito à gratuidade poderá experimentar a solução para usar o sistema sem necessidade de cartões, documentos ou dispositivos móveis.
Segundo o presidente da companhia, Handerson Cabral, a inovação, que já é adotada em metrôs de outros países, "oferece mais proteção aos dados do usuário e evita fraudes na hora da identificação”, afirmou.
Todos os usuários do Metrô-DF incluídos no grupo indicado podem se cadastrar para participar do teste, de forma voluntária e gratuita. Os sensores de leitura biométrica, instalados ao lado das catracas convencionais, escaneiam o padrão único da palma da mão do passageiro, que ficará dispensado da apresentação de cartão, smartphone ou QR Code. O próprio equipamento verificará diretamente a identidade e liberará o acesso.
O cadastro da palma da mão é feito uma única vez. O Metrô-DF protegerá os dados, conforme determina a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Isso quer dizer que a imagem da mão não será compartilhada, vendida ou usada para outros fins. Quanto aos demais usuários, a liberação das catracas funcionará normalmente durante esta fase de testes, informa a companhia.
Biometria
A tecnologia chamada Palmee foi desenvolvida para identificar características únicas da palma da mão e autenticar sua identidade. A inovação vem sendo utilizada em diversas áreas, como segurança, acesso a sistemas e dispositivos eletrônicos. Os principais tipos de biometria incluem impressões digitais, reconhecimento facial, reconhecimento por voz e escaneamento da íris.
Numa primeira fase, os técnicos do Metrô-DF irão avaliar a confiabilidade, agilidade e aceitação do sistema entre os usuários. Se os resultados forem positivos, o uso da tecnologia poderá ser ampliado para outras estações.
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