No último dia 9 um descarrilamento ocorrido na linha 4-Amarela do metrô paulistano, entre as estações Vila Sônia e Morumbi, prejudicou parte das operações. Apesar do incidente não ter deixado feridos, o problema ainda não tem data para ser completamente resolvido porque, segundo a concessionária Via Quatro, a normalização depende de equipamentos fabricados sob demanda na Europa.
A Via Quatro não informou o nome da fornecedora ou o prazo para que as peças cheguem ao Brasil para o início dos reparos – deixando os moradores da zona oeste da capital e demais usuários da Linha 4 com problemas para se locomover ainda por tempo indeterminado. Segundo a empresa, não é possível ter este tipo de peças em estoque, já que as mesmas são configuradas individualmente de acordo com o trecho da linha onde serão instaladas.
A solução foi operar o trecho afetado pelo acidente em via única, permitindo que os trens cheguassem à estação terminal e retornassem pelo mesmo trilho. Mas, no final de semana, equipes de engenharia e manutenção da concessionária, em conjunto com especialistas do sistema de sinalização (fornecedor), conseguiram restabelecer integralmente a operação naquele trecho e em toda a linha "dentro dos limites de segurança e confiabilidade para os passageiros", informou a companhia.
O ocorrido
De acordo com a concessionária da linha que liga a Vila Sônia, na zona oeste, à estação da Luz, no centro de São Paulo, um vagão se soltou da composição que transitava entre a Vila Sônia e a estação São Paulo-Morumbi. A ocorrência chegou a provocar danos nos trilhos, mas teria sido detectada pelo sistema CBTC (Controle de Trens Baseado em Comunicação), forçando a parada imediata do vagão solto, segundo o diretor de operações da Via Quatro, Antonio Marcio Barros Silva.
Automação total
Apesar do sistema de frenagem ter funcionado a tempo, evitando vítimas, não ficou claro o motivo do descarrilamento. As composições da Linha 4-Amarela operam com automação total, ou seja, sem um operador na cabine, modelo que divide opiniões – enquanto os sistemas automatizados tendem a ser mais precisos e eficazes, um operador humano pode ter mais flexibilidade para reagir em situações de emergência e eventos imprevistos. E você, o que acha do modelo adotado pela Via Quatro na Linha Amarela?
*Texto atualizado em 16/9/2025.
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