Parque Buenos Aires pode perder verba de reforma. Motivo: descaso

Em Higienópolis, bairro central de SP, moradores dão duro e obtêm recursos para manutenção e reformas do parque. Mas secretaria do verde não faz nada, e verba fica parada

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Cati Areoso*  |  Postado em: 04 de julho de 2014

Placa pichada: há verba para manutenção, mas, sem

Placa pichada: há verba para manutenção, só que sem uso

créditos: Reprodução

 

O Parque Buenos Aires, localizado na Rua Alagoas, no bairro de Higienópolis, em São Paulo, está perto de entrar para a lista de mais um dos projetos que a prefeitura poderia conduzir, mas que, em função da burocracia - que insiste em puxar para baixo o desenvolvimento do País - “perde o prazo”.

 

O vereador Ari Friedenbach (Pros) conseguiu disponibilizar 250 mil reais através de uma emenda parlamentar para o Parque. Esta verba seria destinada à manutenção da área de ginástica, aquisição de equipamentos para atividades físicas, reforma e adequação da área dos cães, aquisição de brinquedos para o playground e acessibilidade total para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, possibilitando, ainda, a aplicação da Lei de promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

 

Houve envolvimento constante do conselho do parque, com estudos, pesquisas e reuniões, com a preocupação de que todos os projetos estivessem dentro das normas permitidas, não só de tombamento, como de preservação da natureza, ecologia, e segurança. Um árduo trabalho que, com muita convicção e entusiasmo, foi realizado por mais de um ano pelos conselheiros, que são também moradores de Higienópolis.

 

Entretanto, chegada a fase de implementação das reformas, a Secretaria do Verde, responsável por deferir e dar continuidade ao trabalho, mostra descaso no seguimento dessas ações.

 

Má vontade?

Fica, portanto, mais uma verba parada, como os muitos milhões que o governo federal todo ano libera para os ministérios, e acaba-se utilizando muito pouco do orçamento, pela, educadamente chamada burocracia, ou “custo Brasil”; que poderia traduzir-se por “má vontade”, talvez despreparo, ou descaso, acarretando atrasos, falta de desenvolvimento, e descumprimento das leis nos mais diversos setores.

 

Para que não se perca esta verba, já se pensa em transferi-la para a secretaria da acessibilidade (vale dizer que esta se mostra interessada e proativa no cumprimento de suas funções), ou mesmo para a subprefeitura, que parecem ser mais dinâmicas no tratamento dessas ações. E assim vão-se criando medidas  paliativas para um problema que deveria ser solução.

 

Em muitos aspectos de nível governamental, nos deparamos com barreiras que dão a impressão de terem sido criadas para complicar a vida dos cidadãos, ao invés de melhorá-la. E o mais nos deixa inconformados é que elas se estendem, inclusive, aos cidadãos com mobilidade reduzida, os quais deveriam ser tratados ainda com mais respeito e rapidez.

 

É necessário e urgente que casos como este deixem de existir e que tenhamos uma estrutura mais dinâmica e leve para atingir níveis mínimos de desenvolvimento para as nossas cidades.

 

*Cati Areoso é moradora de Higienópolis e membro do conselho do Parque Buenos Aires 

 

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