Em Teresina, dezenas de árvores são cortadas para a construção de um terminal de ônibus

Prefeitura afirma que licença foi concedida com a condição de que as árvores, muitas nativas, que foram extraídas sejam plantadas em dobro na capital

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Fonte: O Dia  |  Autor: Ana Paula Diniz  |  Postado em: 18 de agosto de 2015

Árvores cortadas terão de ser plantas em dobro

Árvores cortadas terão de ser plantadas em dobro

créditos: Elias Fontenele

 

Diversas árvores foram cortadas no local onde está sendo construído um dos oito terminais de integração previstos no Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Teresina. A estação da zona Sudeste, localizada próxima à rotatória da avenida principal do Dirceu, começou a ser construída na semana passada e tem previsão de término para até o mês de julho de 2016.

 

De acordo com Aluízio Sampaio, titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), o corte das árvores foi feito de maneira legal, com licença ambiental. “Foi licenciado e as árvores que sofreram extração serão replantadas. Estas árvores podem ser facilmente compensadas”, argumenta o secretário.

 

Já Lívia Macedo, arquiteta da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e uma das responsáveis pelo andamento das obras dos terminais de integração, conta que a licença foi concedida pela Semam com a condição de que as plantas que foram extraídas sejam plantadas em dobro. “Este replantio será feito na própria área remanescente da construção do terminal e em áreas próximas da região”, declara.

 

Dentre as espécies extraídas, haviam oitizeiros, também chamados de goiti, que são árvores encontradas em abundância no nordeste brasileiro, principalmente no Piauí, e tem grande valor simbólico. Esta espécie oferece bastante sombra, dá frutos comestíveis e é indicada para reflorestamentos mistos de áreas degradadas.

 

Segundo Lívia, as árvores que serão replantadas serão da mesma espécie que foram extraídas. “Tivemos informação de que as árvores foram plantadas pela Fundação Bradesco, localizada ao lado da obra em questão; por isto, fomos até a coordenação da Fundação para explicar todo o projeto. Fomos bem recebidos e não houve nenhuma objeção”, diz.

 

Os locais escolhidos para a construção dos terminais foram eleitos a partir do estudo do Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Teresina, iniciado em 2008. “A escolha cumpre uma série de necessidades que o estudo aponta, dentre elas o distanciamento de até 6 km do Centro e também precisa ser um terreno que tenha dimensões consideráveis para abrigar o terminal”, explica a arquiteta. O terminal da zona Sudeste terá quatro vagas para linhas troncais, que se destinam ao Centro da cidade, e sete vagas para linhas alimentadoras, que são as linhas internas dos bairros.

 

Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento (Semplan), as linhas serão divididas em três formas: alimentadoras, troncais e interterminais. As alimentadoras terão origem nos bairros e levarão os usuários até as linhas troncais, nos terminais de integração. Em seguida, as linhas troncais levarão os usuários ao Centro da cidade, destino principal da maior parte da população. Já as linhas interterminais deverão transportar os passageiros de uma zona à outra da cidade.

 

Segundo Lívia, estes terminais terão a estrutura toda aberta para permitir a ventilação. “A única vedação que ele tem é um elemento chamado de breeze, que condiciona sombreamento e ventilação. O único bloco fechado será o de apoio, onde ficará a administração, segurança e bicicletário”, explica.

 

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