Ciclovias dão segurança, dizem ciclistas, mas falta manutenção

Pesquisa do Idec em três capitais - BH, RJ e SP - revela que usuários de ciclovias se sentem seguros, mas criticam a manutenção dessas vias

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Fonte: Mobilize/ Idec  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 12 de setembro de 2018

Ciclovia em SP, sem manutenção, com grades destruí

Ciclovia em SP, sem manutenção, com grades destruídas

créditos: Marcos de Sousa/ Mobilize

Dados de avaliação da população de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo sobre as ciclovias dessas capitais, gerados a partir do aplicativo MoveCidade, foram apresentados nesta terça-feira (11) pelo Idec - Instituto de Defesa do Consumidor. Nas três cidades, as notas evidenciam que os ciclistas se sentem mais seguros quando acessam as ciclovias, mas também revelam que a qualidade e a manutenção dessa vias, embora consideradas importantes pelos usuários, deixam a desejar.

“A pesquisa mostra coerência nas avaliações entre as três cidades. Apesar de níveis diferentes de avaliação entre esses municípios, os ciclistas sentem mais segurança nas ciclovias, mas reclamam da falta de manutenção e sinalização”, explica o pesquisador em Mobilidade Urbana do Idec, Rafael Calabria.

Veja abaixo as notas, de 0 a 10, para os principais itens das ciclovias das três capitais: 

 

 

Para o Idec, a melhor avaliação em relação à segurança evidencia a aprovação dos usuários à presença de infraestruturas e a políticas que estimulem o uso das bicicletas. As críticas em relação à qualidade, manutenção, e segurança nos cruzamentos reforçam que também é importante que se melhore o planejamento realizado pelos órgãos responsáveis pelo trânsito nas cidades e que se invista em conservação.

O aplicativo
MoveCidade foi criado pelo Idec, em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (iCS) e o Laboratório de Experimentação Digital (LED), e está disponível para download gratuito para celulares Android e iOS, clicando aqui.

Como o MoveCidade, usuários de ciclovias e do transporte coletivo podem avaliar pelo celular a qualidade de diversos quesitos dos ônibus, trens, metrôs e estações de bicicleta compartilhada, como limpeza; informações no interior dos veículos, pontos e plataformas; conduta do motorista; lotação; tempo de espera; infraestrutura de acessibilidade etc.

Assim, o sistema permite a geração de um banco de dados independente, produzido pela sociedade, com informações consistentes para subsidiar análises qualitativas. Além disso, embasa e fortalece as reclamações feitas pela população aos órgão públicos por melhorias no transporte.

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