Uma nova profissão, o bike courier

Conheça o perfil desses homens e mulheres que transportam documentos pelas ruas de São Paulo

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil  |  Postado em: 25 de outubro de 2012

Ciclistas da Carbono Zero Bike Courier

Ciclistas mensageiros na avenida Paulista, em SP

créditos: Divulgação Carbono Zero Courier

 

Rafael Mambretti é ciclista, empresário e diretor da Carbono Zero Courier, uma empresa movida a bicicletas. No mercado há quase dois anos, a Carbono Zero faz entregas rápidas para clientes interessados em reduzir suas emissões de carbono. 

 

Para isso, conta com homens e algumas mulheres, ciclistas que acreditam na bicicleta como opção real de transporte urbano, explica Mambretti. "O ciclista que nós queremos é o cara que tem prazer em pedalar e quer fazer o trabalho de courier porque quer andar de bicicleta, sem carregar grandes pesos. É um perfil diferenciado, que tem uma formação escolar melhor do que os outros entregadores ciclistas. E alguns vêm de longe, de Guarulhos, de Itaquera, de locais bem distantes, e chegam todos os dias de bike...".

 

Ele lembra que antes da contratação o ciclista passa por um teste remunerado, durante uma ou duas semanas, para que possa vivenciar o dia-a-dia da empresa na entrega dos documentos. "Procuramos passar a visão de que ele está colaborando para a melhoria do meio ambiente urbano e orientamos para que ele tenha uma postura cidadã. Não queremos atletas. O serviço precisa ser rápido, mas acima de tudo, o entregador precisa ser responsável", conta Rafael.

 

Treinamento

Depois de aprovados e antes da contratação, todos os ciclistas passam por exame médico, incluindo um teste ergométrico, exames clínicos e uma avaliação geral da parte física. Em seguida, o rito de iniciação envolve um treinamento sobre legislação de trânsito, direção defensiva, saúde e alimentação, regulagem da bicicleta e cidadania. "O funcionário deve manter uma postura profissional, mesmo que eventualmente seja desrespeitado no trânsito", esclarece Mambretti.

 

Acidentes são muito comuns? Não, responde o empresário. "Em dois anos, não tivemos nada grave. Foram quatro casos de quedas, que exigiram afastamento. O único caso de atropelamento aconteceu com uma garota que já havia estacionado a bicicleta e estava atravessando a rua. Ela descia da calçada quando um carro furou o farol vermelho e passou sobre seu pé", lembra ele.

 

Escola de ciclistas para entregas

Para o treinamento, a Carbono Zero está criando uma escola de capacitação, a Oficina de Formação de Ciclistas Entregadores. "Tomamos a iniciativa porque hoje a principal necessidade do mercado é encontrar e formar bons profissionais. A escola é um trabalho independente, que atende itens como atendimento ao cliente, navegação e outros pontos de formação profissional. Começamos neste ano e queremos nos tornar uma referência para empresas que buscam profissionais de entrega", completa Rafael Mambretti.

 


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Comentários

ezequiel florencio - 27 de Março de 2018 às 06:43 Positivo 0 Negativo 0

bom dia gostaria muinto de trabalhar com a bike esse foi meu primeiro emprego,,,quando posso ir ai pra gente pode conversar

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