Pedestres são as principais vítimas do trânsito de Curitiba

De 144 mortes analisadas nas ruas e rodovias na capital paranaense no primeiro semestre de 2012, 60 foram de pessoas a pé

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Fonte: Bem Paraná  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 22 de fevereiro de 2013

Dos grupos estudados, o de pedestres é o mais vuln

Dos grupos estudados, o de pedestres é o mais vulnerável

créditos: Valquir Aureliano

 

Pedestres e pessoas que se locomoviam em motos (pilotando ou na garupa) formam a maior parte das vítimas de trânsito em Curitiba, de acordo com dados do primeiro semestre de 2012 divulgados na última quinta-feira (21) pelas secretarias municipais de Saúde (SMS) e de Trânsito (Setran).

 

Os dados fazem parte do projeto Vida no Trânsito, que integra uma ação do governo federal para reduzir as lesões e as mortes no trânsito do país. A análise também confirma que uso de álcool, excesso de velocidade e desrespeito à sinalização estão entre as principais causas de acidentes em ruas, avenidas e rodovias.

 

Lançado em 2010, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Bloomberg Philanthropies (fundação internacional de promoção de atividades na área social), o Vida no Trânsito foi implantado inicialmente em cinco capitais brasileiras – Curitiba (PR), Teresina (PI), Palmas (TO), Campo Grande (MS) e Belo Horizonte (MG). Em 2013, o projeto será estendido a todas as capitais do país, além das cidades paulistas de Guarulhos e Campinas.

 

A primeira análise divulgada pelo projeto baseia-se em dados do primeiro semestre de 2012. No período, houve 138 acidentes que resultaram em 144 mortes no trânsito da capital paranaense (outras sete mortes foram registradas após mais de 30 dias dos acidentes). Das vítimas, 60 são pedestres, 39 motociclistas ou garupa, 22 condutores de veículos leves, 11 passageiros de veículos leves, 9 ciclistas, 1 condutor ou passageiro de veículo pesado, 1 condutor de ônibus e 1 vítima de categoria ignorada.

 

Dos 138 acidentes, foram analisados 83, sendo 49 em ruas e avenidas e 34 em rodovias, e que resultaram em 88 mortes. O comitê levantou os fatores de riscos e as condutas de risco nos acidentes analisados.

 

Os três principais fatores de risco causadores dos acidentes em ruas e avenidas foram, pela ordem: uso de álcool, excesso de velocidade e problemas de infraestrutura. Nas rodovias, os principais fatores de riscos causadores dos acidentes foram, pela ordem: excesso de velocidade, problemas de infraestrutura e uso de álcool.

 

As três principais condutas de riscos causadoras dos acidentes nas ruas e avenidas foram, pela ordem: desrespeito à sinalização, falta de habilitação e transitar em local proibido. Nas rodovias, as principais condutas de risco causadoras de acidentes foram, pela ordem: transitar em local impróprio, desrespeito à sinalização e transitar em local proibido.

 

Nos casos analisados, os usuários do trânsito que mais contribuíram para os acidentes foram, pela ordem: condutores de veículos leves, motociclistas e pedestres.

 

Projeto

O projeto Vida no Trânsito integra uma ação global chamada Road Safety in 10 Countries (RS 10), coordenada pela Opas/OMS e financiada pela Bloomberg Philanthropies, cujos objetivos são estimular, nos países financiados, ações de prevenção a lesões e mortes no trânsito e aumentar a capacidade de avaliar projetos de melhorias no trânsito. O Vida no Trânsito tem um método específico de análise das ocorrências de trânsito e tem a intenção de reduzir em 50% as fatalidades no trânsito no Brasil até 2025.

 

Os dados divulgados foram analisados por um comitê formado pela SMS e a Setran, em parceria com o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), o Instituto de Criminalística, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma de Emergência (Siate).

 

Durante o evento, a SMS, a Setran e os diversos órgãos públicos e instituições parceiros do projeto formaram subcomissões de análise nas áreas de engenharia, fiscalização, educação e informações. Esses grupos terão reuniões periódicas nos próximos meses e irão discutir e sugerir medidas para serem implementadas pela Setran na melhora do trânsito em Curitiba.

 

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