(Des)centralizar o Recife

Pelo menos dois terços da população do Recife se deslocam para trabalhar em apenas um terço do território do município

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Fonte: Blog Mobilidade Urbana  |  Autor: Tânia Passos  |  Postado em: 20 de maio de 2013

Pessoas no centro do Recife

Centro do Recife, ponto de convergência

créditos: Divulgação

 

O Centro do Recife, localizado na Região Político Administrativa 1 (RPA-1), é o ponto da cidade de maior convergência de gente, seguido da RPA-6, onde está o bairro de Boa Viagem. Não é de se espantar que praticamente todas as linhas de ônibus se dirijam ao Centro, aponta este artigo do Blog Mobilidade Urbana.

 

Fazer o caminho da descentralização do comércio, serviços, frentes de trabalho, moradia e lazer é um passo importante para a melhoria da mobilidade urbana na capital pernambucana.

 

Com uma área de 219 km² e população de 1,5 milhão de pessoas distribuídas em 94 bairros, o Recife não tem muito para onde crescer. Por isso, é preciso replanejar as suas centralidades urbanas.

 

A área territorial onde estão inseridas as seis RPAs revela não apenas desigualdades sociais, mas também o descompasso entre as áreas mais populosas, adensadas e motorizadas, que interferem diretamente na mobilidade de uma cidade.

 

O bairro de Boa Viagem, o mais populoso com quase 123 mil habitantes, tem também a maior taxa de motorização, com 1,3 habitante por carro. Em Peixinhos, que tem a menor taxa de motorização da cidade, são 16,77 habitantes por carro. O problema não é o fato de nem todo mundo ter esse meio de transporte, mas sim a ausência de uma diversidade de modais para alcançar as centralidades.

 

Mobilidade Travada

Trabalhar a descentralização dos centros urbanos é uma das missões do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira para os 500 anos do Recife. De acordo com a presidente, Evelyne Labanca, até dezembro de 2013 estará pronto o termo de referência do edital que vai selecionar uma empresa de consultoria para uma pesquisa em todos os bairros. O estudo vai apontar o que cada um precisa para evitar que os moradores necessitem se deslocar. “Quanto mais as pessoas tiverem acesso aos serviços, comércio, trabalho e moradia na própria região, sem precisar percorrer grandes distâncias, melhor será. E esse é o nosso desafio para o Recife que queremos em 2037”, apontou Labanca.

 

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