Porto Alegre deve lançar licitação para adquirir ônibus elétricos

A avaliação dos coletivos teve início em abril e, até o final do mês, a prefeitura deve definir se adquire novos veículos para a frota da empresa

Notícias
 

Fonte: Jornal do Comércio  |  Autor: Jessica Gustafson  |  Postado em: 21 de junho de 2016

Bateria do coletivo dura 250 km e carrega em 3 hor

Bateria do coletivo dura 250 km e carrega em 3 horas

créditos: Marco Quintana/JC

 

Está sendo testado em Porto Alegre o terceiro ônibus elétrico que reforça o itinerário das linhas circulares C1, C2 e C3 da Carris. A avaliação dos coletivos teve início em abril e, até o final do mês, a prefeitura deve definir se adquire novos veículos para a frota da empresa, que tem custo de cerca de R$ 1,5 milhão cada.

 

De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, o ônibus foi desenvolvido nos padrões da frota de Porto Alegre. "Vamos discutir junto ao prefeito a possibilidade de lançar uma licitação para a compra de mais veículos como esse. Até o momento, todos os testes indicam que isso acontecerá, pois eles têm autonomia suficiente para rodar um dia inteiro, sendo o desempenho elétrico superior aos comuns. Eles também exigem menos manutenção e têm maior durabilidade, de cerca de 15 anos", explica.

 

Cappellari ressalta que a EPTC ainda está estudando se o investimento impactará a tarifa, pois cada ônibus custa o preço de três coletivos movidos a combustível fóssil (entre R$ 400 mil e R$ 500 mil cada). A bateria do ônibus elétrico dura 250 quilômetros e, para carregá-la, são necessárias três horas. "Após o relatório entregue pela Carris sobre a avaliação técnica, definiremos a viabilidade econômica. A intenção é iniciar o uso nas linhas circulares", diz.

 

O diretor-presidente da Carris, Sérgio Zimmermann, relata que a confecção do relatório está quase pronta e que a empresa optou, neste momento, por ampliar a circulação do ônibus, produzido no Brasil, para a linha T9. "Inicialmente, avaliamos o desempenho do coletivo produzido na China, que tinha sete anos de uso, e ficamos surpreendidos positivamente. Os técnicos da Carris visitaram empresas lá com até 700 veículos para ver como funcionava e isso é uma tendência mundial, pois eles não emitem poluentes", explica.

 

Devido à maior vida útil, à economia, por não utilizar diesel, e à facilidade de manutenção, Zimmermann acredita que, no fim das contas, a mudança seja até mais barata que a atual. Entretanto, ressalta que a implantação precisa ser bem estudada, pois significa uma modificação em toda a tecnologia da Carris. "Precisamos nos preparar para isso, pois não podemos ter dois tipos de ônibus na empresa. É preciso definir se continuamos como está ou se alteramos. Isso, claro, a longo prazo", completa.

 

Leia também:

Veja o mapa da rede cicloviária de Porto Alegre, com 41 km de vias 

Rede de transportes sobre trilhos avançou só 10,4 km no Brasil em 2015 

Novo trecho de ciclovia liga Centro e zona sul de Porto Alegre 


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário