Dados de celulares poderão substituir pesquisas de mobilidade, diz MIT

Smartphones podem dar mais e melhores informações aos urbanistas do que as pesquisas, sugere estudo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts

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Fonte: MIT/ Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil  |  Postado em: 30 de agosto de 2016

Celulares do transporte público

Celulares do transporte público: pesquisa on-line?

créditos: Reprodução


Pesquisadores do MIT
) com apoio da Ford Motor Company desenvolveram um sistema que coleta dados de localização dos telefones celulares para inferir padrões de mobilidade urbana.

 

Esses dados, tradicionalmente obtidos por meio de pesquisas origem-destino, embasam as decisões sobre o desenvolvimento de novas infraestruturas de transporte. No entanto, mesmo uma ampla pesquisa cobre apenas uma pequena amostragem da população de uma cidade. E leva um longo tempo para ser consolidada e analisada.

 

O novo sistema fornece dados mais precisos e atualizados sobre a mobilidade urbana e pode rapidamente determinar se as medidas para atender às necessidades de transporte de uma cidade estão ou não funcionando. "A grande vantagem é que o novo modelo apreende dados de mobilidade de um grande número de usuários, sem a necessidade de uma entrevista sobre as suas escolhas de mobilidade", diz Marta González, professora de engenharia civil e ambiental (CEE) no MIT. 

 

Para validar o experimento, os pesquisadores desenvolveram estudo em Boston (EUA) e em apenas seis semanas conseguiram construir uma modelagem dos padrões de mobilidade urbana da cidade, tarefa que demandaria uma ampla pesquisa e normalmente levaria anos para sua conclusão. Os resultados coincidiram com os dados levantados na pesquisa origem-destino realizada em 2010 e que havia consumido seis anos para sua consolidação.

 

Na pesquisa de 2010, o orgão que gerencia a mobilidade em Boston ouviu cerca de 25 mil moradores como amostra da população de 3,5 milhões de pessoas que vivem na região metropolitana da cidade. O estudo do MIT conseguiu monitorar os hábitos de transporte de 1,92 milhão de pessoas em seis semanas.  Posteriormente, os dados alimentaram um algoritmo que resultou em um mapa com os fluxos (e modos) diários em cada zona da região metropolitana. 

Para mais informações, visite mit.edu 

 

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