O trabalho analisou o período de 2010 a 2019, com base na operação dos app Uber e Lyft, em grandes cidades dos Estados Unidos e mostrou que o sistema é muito atrativo e competitivo, gerando um crescimento explosivo no número de viagens: no mundo, a Uber já havia acumulado mais de 10 bilhões de viagens até 2018 e a Lyft, cerca de 1 bilhão até 2019. Entre as conclusões, os pesquisadores advertem que a crise climática mundial se tornou um tema ainda mais urgente e que "a indústria dos ride-hailing precisa contribuir para um sistema de transporte de baixo carbono e mais sustentável".
Entre outros pontos, o estudo faz uma comparação entre táxis e carros de aplicativos e aponta a necessidade de maior regulação: "Os veículos de apps são semelhantes aos táxis em vários aspectos: os quilômetros mortos contribuem para os impactos de poluição e congestionamento dos dois modos de viagem. Mas eles também têm diferenças importantes e a mais importante é a regulação: as cidades regulamentam os táxis há décadas e limitam o número desses veículos, exigindo, além disso, que parte dos táxis tenha acessibilidade para cadeiras de rodas. Mais: em muitas cidades, as autoridades estão estimulando os donos de táxis a adotarem veículos elétricos ou híbridos". O estudo lembra que o número de viagens de aplicativos hoje supera amplamente as viagens de táxi nas cidades dos EUA, ao passo que a regulamentação desses carros ainda é um trabalho em andamento.