Hoje, sexta-feira, tem bicicletada

Milhares de ciclistas saem hoje às ruas para defender ciclovias, ciclofaixas e a redução de velocidade nas áreas urbanas. Leia o Editorial do Mobilize Brasil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 28 de outubro de 2016

Hoje tem bicicletada
créditos: Imagem: seattlekifujin.wordpress.com

Antes de mais nada, nesta sexta-feira (28) acontece a Bicicletada Massa Crítica, atividade que mobiliza cicloativistas em todo o mundo. Em cidades americanas o evento vai ganhar tons fantasmagóricos, antecipando a festa do Halloween, como é o caso de Miami. Aqui no Brasil, vamos nos reunir para espantar fantasmas bem mais assustadores, que são as milhares de mortes no trânsito e os milhões de pessoas feridas em acidentes. Em São Paulo, o mote vai ser a defesa das ciclovias, a redução da velocidade no trânsito e a luta por melhores condições para a circulação de pedestres, cadeirantes, crianças, idosos e, claro, ciclistas de todas as idades.

 

A propósito, nesta semana tivemos a oportunidade de entrevistar a executiva Luciana Nicola, do Itaú Unibanco, que anunciou novidades em bike-sharing, bicicletários e venda de bicicletas para o ano de 2017. Os planos são ambiciosos, tanto em tecnologias e infraestruturas, como nas atividades de construção de uma cultura da mobilidade ativa, esta sem dúvida a tarefa mais difícil.

 

Nesse caminho, dois grandes eventos marcaram a quinzena, o primeiro em Hong Kong, onde aconteceu o Walk 21, que teve a representação das ativistas brasileiras Silvia Cruz e Gabriella Callejas. Lá na cidade chinesa elas mostraram os resultados da pesquisa Como Anda, um levantamento das organizações que trabalham pela mobilidade a pé no Brasil. A mesma pesquisa foi apresentada por Andrew Oliveira, durante as discussões do Habitat III, em Quito, Equador.

 

Os dois encontros têm como cenário a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis para a geração de energia, metade dela consumida pelo setor de transportes. Além do impacto na elevação da temperatura da Terra, os gases e materiais particulados que saem dos motores afetam gravemente a saúde das cidades e de seus habitantes, como avisa o artigo do especialista Olimpio Alvares. Em São Paulo, mais de 90% da poluição atmosférica nasce dos motores de combustão. Essa opção pela gasolina e diesel tem um alto custo social, que é pago pelo SUS, enfim pelos contribuintes.

 

Mas o combustível em si é um item caro. Um estudo do Centro Paulo Souza, mostrou que a prefeitura paulistana economizaria mais de 200 milhões de reais por ano se tivesse substituído sua frota de ônibus por veículos elétricos, tal como previa a lei 14.933, de 2009, a chamada de Lei de Mudanças Climáticas. Os dados estão no artigo do jornalista Adamo Bazani, um especialista em ônibus e transporte público.  É um ótimo alerta para prefeitos de todas as cidades.

 

Para concluir, participem das bicicletadas desta sexta-feira. É divertido, faz bem à saúde e abre mais espaço para que as pessoas possam ocupar as ruas. Vai ter ciclovia sim :-)


Marcos de Sousa
Editor do Mobilize Brasil

 

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