Desafio de US$ 4 mi quer mudar vida de pessoas com paralisia nos membros inferiores

Competição busca desenvolvedores no mundo todo que criem novas tecnologias de mobilidade a pessoas com esse tipo de paralisia. Vencedor será revelado em Tóquio, em 2020

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Fonte: Paranashop  |  Autor: Paranashop  |  Postado em: 30 de novembro de 2017

Milhões de pessoas no mundo vivem com esse tipo de

Milhões de pessoas no mundo vivem com esse tipo de paralisia

créditos: Reprodução

A Toyota Mobility Foundation, em parceria com a Nesta’s Challenge Prize Centre, lança uma competição global com prêmios que somam US$ 4 milhões no intuito de mudar a vida de pessoas com paralisia nos membros inferiores. Os vencedores serão revelados em Tóquio, em 2020. Para isso, o Desafio Mobilidade Ilimitada está procurando equipes em todo o mundo que possam desenvolver tecnologias capazes de transformar essa realidade e ajudar a melhorar a mobilidade de maneira radical para pessoas com esse tipo de paralisia.

Serão premiados equipamentos de mobilidade pessoal desenvolvidos com tecnologia inteligente. As soluções de mobilidade do futuro podem incluir desde exoesqueletos a inteligência artificial e machine learning, de computação em nuvem a baterias.

Assista o vídeo de lançamento do desafio:

Segundo um dos embaixadores do desafio, August de los Reyes, diretor de Design do Pinterest, essa iniciativa é uma oportunidade para grandes pensadores se unirem no mesmo espírito que fez a humanidade sonhar com as estrelas. “As maiores mentes do mundo criaram inovações na vida de bilhões de pessoas. Somos capazes até mesmo de enviar tecnologias através do sistema solar. No entanto, para muitas pessoas com paralisia nos membros inferiores, uma tarefa cotidiana como sair de casa é um desafio. Nós podemos fazer melhor. Creio que a deficiência é resultado do design mal planejado".

Reys acredita que o Desafio Mobilidade Ilimitada fará uma diferença significativa para quem vive com paralisia nos membros inferiores: "Gostaria de encorajar as pessoas a superar as fronteiras em design, informática e engenharia, explorando novos territórios e desenvolvendo soluções de mobilidade mais inteligentes que façam pessoas como eu se moverem melhor, seja em viagens pelo mundo ou simplesmente para transitar em nossas cidades e nossas casas”.

Também embaixadora do Desafio, Tatyana McFadden, atleta paralímpica dos Estados Unidos, a apoia o Desafio por acreditar que, por incentivar soluções criativas, "a iniciativa pode trazer mudanças reais não apenas para pessoas com paralisia, mas para todos". 

Ela ressalta que, como nos Jogos Paralímpicos, este é um trabalho em equipe, no qual mesmo pessoas com paralisia nos membros inferiores deverão participar junto da criação das soluções. 

Tecnologias revolucionárias
Em todo o mundo, milhões de pessoas vivem com esse tipo de paralisia. As causas mais comuns são enfartes, lesão da medula espinhal e esclerose múltipla. Ainda que não existam estatísticas mundiais, a Organização Mundial da Saúde estima que surjam entre 250 mil e 500 mil novos casos de lesão da medula espinhal todo ano.

O surgimento de melhores tecnologias de mobilidade pode proporcionar aparelhos pessoais mais bem integrados ao corpo dos usuários e ao seu cotidiano. Contudo, a aplicação de tecnologias revolucionárias é lenta devido a obstáculos como mercados pequenos e fragmentados, empecilhos regulatórios e dificuldades de reembolso com seguradoras e sistemas de saúde. Fatores como esses podem tornar esse campo pouco atraente para candidatos de pequeno porte ou iniciantes, impedindo que soluções inovadoras cheguem ao mercado. Além disso, enquanto criações para mobilidade entre lugares já foram criadas, inovações para funcionalidades cotidianas ainda não são satisfatórias.

A competição
O Desafio Mobilidade Ilimitada é apoiado por diversos embaixadores globais, todos com experiências reais sobre como é a vida com paralisia de membros inferiores. Entre eles, estão August de los Reyes, diretor de Design do Pinterest; Yinka Shonibare MBE, artista britânico-nigeriano indicado ao prêmio Turner; Sandra Khumalo, remadora paralímpica sul-africana; Preethi Srinivasan, atleta e militante indiana; Sophie Morgan, apresentadora de TV britânica; Tatyana McFadden, atleta paralímpica norte-americana e o Dr. Rory A. Cooper, diretor de Pesquisa de Engenharia Humana da Universidade de Pittsburgh.

Um grupo de jurados especialistas escolherá cinco finalistas que receberão US$ 500 mil cada um para levar seus conceitos do status de ideia para um protótipo real. O vencedor do Desafio receberá US$ 1 milhão para ajudar a levar o produto ao mercado. O conceito vencedor será revelado em Tóquio, em 2020.

Para também atrair e apoiar pequenos inovadores que encontram dificuldades de entrar no mercado de tecnologia assistiva, além do prêmio principal, o Prêmio Discovery vai oferecer um financiamento de US$ 50 mil para 10 grupos com conceitos promissores, mas que não teriam recursos para entrar no Desafio. Interessados podem se inscrever em mobilityunlimited.org.

Baseadas em princípios do design universal para criar um ambiente mais igualitário, as propostas para o Desafio Mobilidade Ilimitada serão focadas no usuário. O Desafio será um catalisador para inovação através da cocriação, com as pessoas de todo o mundo que mais irão se beneficiar com as soluções oferecidas pelos participantes.

Para mais informações, visite aqui a página do Desafio.

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