Ônibus sem segurança ou malconservado terá subsídio cancelado no Rio

Decreto municipal publicado hoje (4) prevê suspensão do subsídio à empresa que rodar com veículos sujos, com problemas, sem sensor de temperatura e validador de bilhetes

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Fonte: Mobilize/ Agência Brasil  |  Autor: Mobilize Brasil  |  Postado em: 04 de julho de 2023

Calor e má conservação: novas regras visam melhori

Calor e má conservação: novas regras visam melhorias no RJ

créditos: Tomáz Silva/ Agência Brasil

A partir de hoje, os ônibus no Rio de Janeiro que forem flagrados em mau estado de conservação por fiscais da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) terão o pagamento do subsídio à empresa responsável pelo serviço cancelado. Decreto prevendo a medida foi publicado nesta terça-feira (4) pela gestão municipal carioca.

 

As novas regras estabelecem o cancelamento do subsídio para viagens realizadas no dia, caso o veículo receba uma infração relativa à segurança, englobando problemas na condição dos balaústres, vidros, assentos e elevadores, por exemplo. O subsídio será cancelado também se somar uma penalidade por falta de limpeza a outra por problemas no funcionamento de equipamentos, como portas, letreiros, iluminação, campainha e validadores.

 

Ar-condicionado e validadores

Além disso, em todos os veículos licenciados para operar com ar-condicionado, as concessionárias terão prazo até 31 de outubro para instalar sensores de temperatura. A informação deverá ser compartilhada em tempo real com a Secretaria Municipal de Transportes, e caso a determinação não seja cumprida dentro do prazo, o valor do subsídio descontado no quilômetro rodado se estenderá a todas as viagens realizadas, até que a medida seja implementada. 

 

O decreto determina, ainda, que as concessionárias deverão ter os novos validadores do Sistema de Bilhetagem Digital instalados nos ônibus até 31 de outubro próximo. Caso não seja acatada a medida, o subsídio diário relativo aos quilômetros percorridos pelos veículos sem os validadores não será pago após essa data.

 

Caso consórcio não cumpra as regras, terá multa e subsídio reduzido. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

  

Acordo judicial

O pagamento de subsídio tarifário para recuperar o sistema de ônibus faz parte do acordo judicial firmado em junho do ano passado entre a prefeitura do Rio, o Ministério Público estadual e os consórcios, o que possibilitou a retomada de 73 linhas na cidade. Esse reforço na operação representa a reativação de mais de 630 pontos de ônibus em 18 bairros.

 

Pelo estabelecido no acordo judicial, a Secretaria Municipal de Transportes monitora - via GPS - a operação de cada linha. Caso não atinjam a meta de 80% da quilometragem diária determinada pelo município, as empresas não recebem o subsídio.

 

Decreto publicado pela prefeitura do Rio neste ano, no dia 17 de janeiro, determina que, além de não receberem o subsídio por quilômetro rodado caso não cumpram a quilometragem mínima, os consórcios sofrem multa de R$ 563,28 se houver redução da operação a patamares inferiores a 60% da quilometragem estabelecida.

 

Caso a operação seja inferior a 40% da quilometragem determinada, a penalidade é cobrada em dobro, no valor de R$ 1.126,55. Além disso, ônibus flagrados com ar-condicionado desligado também têm o subsídio cancelado.

 

BRT 

Além de colocar mais linhas de ônibus à disposição da população e regularizar a operação, o acordo também determina que os consórcios teriam que:

- renunciar à operação dos ônibus do sistema BRT (Bus Rapid Transit), sem disputas judiciais, quanto à extinção parcial dos contratos de concessão; 

- renunciar à operação da bilhetagem; 

- enviar todas as transações de bilhetagem feitas no sistema de ônibus convencional; 

- consentir com redução do prazo de concessão da operação de ônibus em dois anos, sem renovação; esse prazo agora vigora até 2028.

 

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