Inaugurado em 2011, o teleférico do Complexo do Alemão (RJ) funcionou até 2015, quando os serviços foram suspensos para uma manutenção dos cabos que nunca foi concluída. A operação do teleférico havia sido concedida pelo governo do Estado do Rio de Janeiro à iniciativa privada que alegava problemas financeiros, burocráticos e de reposição de peças, fabricadas fora do Brasil. Dez anos após a interrupção dos serviços, moradores do Alemão se mobilizam pela retomada do sistema aéreo de transporte.
Uma década de abandono
Desde então, o teleférico que transportava cerca de doze mil passageiros por dia permaneceu inativo, passando por um longo período sem manutenção, enfrentando diversos contratos, deterioração e falta de conservação de estruturas e equipamentos, além de furtos de peças geraram atrasos na reforma para sua reativação. Em 2022 o governo do estado do Rio de Janeiro anunciou a retomada das obras de recuperação do sistema, entregues à empresa Petrop, com prazo inicial de 300 dias e custo de 19,9 milhões de reais.
Novos contratempos
Em agosto de 2023 a entrega das obras atrasou pela terceira vez. Em comunicado, a concessionária apontou os furtos, a deterioração e falta de conservação das estações como causa. A Pertop alegou ainda problemas com fornecedores, solicitando um aumento no valor do contrato. Em julho do ano seguinte, após 11 adiamentos na inauguração, a empresa foi notificada pelo governo para que agilizasse as obras.
Velhos problemas
No início deste ano o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro anunciou que o teleférico estaria pronto até o final do ano, mas poucos meses depois um novo comunicado sugeriu nova data: fevereiro de 2026. Indignados, moradores do Complexo do Alemão tem se mobilizado para pressionar o poder público para que finalmente reestabeleça o serviço e participaram, no início da semana, do Extra Favelas, encontro promovido por um jornal carioca em parceria com a Câmara Municipal.
A reinauguração do teleférico foi o tema mais debatido durante o encontro que visa mapear as principais demandas e prioridades dos moradores de comunidades de todas as regiões cariocas.
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