Com obras de transporte paradas, governo de SP muda cronograma da Copa

Monotrilho do Morumbi foi licitado há sete meses, mas ainda depende de licença ambiental

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Fonte: Portal 2014  |  Autor: Regina Rocha  |  Postado em: 06 de março de 2012

Monotrilho de São Paulo continua só no projeto

Monotrilho de São Paulo continua só no projeto

créditos: Arquivo

monotrilho, ou Linha 17-Ouro do metrô, ligando o aeroporto de Congonhas à rede metroferroviária, permanece como o principal projeto de mobilidade urbana do governo paulista para a Copa de 2014. O projeto, na zona sul paulistana, virá complementado por obras viárias da prefeitura no entorno do Polo Institucional de Itaquera, local próximo aos jogos na zona leste da cidade.

 

Se considerada a primeira data, a que consta da Matriz de Responsabilidades, o monotrilho deveria ter começado a ser construído em julho de 2010. Passado esse prazo, o governo previu o início da obra para novembro de 2011; por último, no início de fevereiro, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, declarou que a obra está um ano atrasada devido a problemas com liminares movidas por moradores locais, que vêm impedindo o licenciamento ambiental da obra.

Em novembro de 2011, o governo já havia revisto o cronograma das obras, postergando para 2016 a entrega do trecho total de 17,7 quilômetros do monotrilho e anunciando para maio de 2014 a construção apenas do primeiro trecho, com 7,7 quilômetros de extensão, ligando a estação Morumbi da CPTM (Linha 9-Esmeralda) ao aeroporto de Congonhas. Nesse momento, já se reconhecia a perda de prioridade do monotrilho como solução de mobilidade para um evento a ocorrer na zona leste, do outro lado da cidade.

 

Não foi anunciada alteração dos valores previstos: R$ 1,9 bilhão (1º trecho) e R$ 3,2 bilhões mais recursos do FGTS (3 trechos, num total de 17,7 km). Quanto aos contratos com as construtoras, já tinham sido firmados em 30 de julho do ano passado. Mas a licença de instalação do canteiro de obras do monotrilho ainda não saiu, segundo a Secretaria Executiva do Comitê Paulista da Copa devido a uma última liminar que, em dezembro passado, tentou impedir a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) de emitir licenças por meio de convênio com a Cetesb, que é a forma adotada pelo governo para esta obra. A companhia de saneamento recorreu e a liminar foi derrubada já no final de dezembro.

 

Sobre a importância do monotrilho para o evento, a assessoria do Metrô justificou dizendo que "a implantação da Linha 17-Ouro priorizou, na primeira etapa, a conexão do aeroporto com a estação da CPTM e a região da avenida Luiz Carlos Berrini, onde se concentra grande quantidade de hotéis".

 

A interligação com a Linha 1-Azul do metrô, na estação Jabaquara, que no projeto original estava prevista, ficará para depois, diz a empresa do metropolitano. A Linha 17-Ouro contará ainda com outras duas conexões: Linha 5-Lilás do metrô, na futura estação Água Espraiada (que deverá entrar em operação comercial em 2015), e a Linha 4-Amarela, na futura estação São Paulo/Morumbi.

 

Durante a Copa, se quiserem utilizar a rede metroferroviária para chegar ao local dos jogos em Itaquera, os passageiros no aeroporto de Congonhas poderão se deslocar até a estação Morumbi, de onde se tem o acesso a toda a rede sobre trilhos da cidade, explica ainda o Metrô. Como essa estação está localizada numa área da Marginal Pinheiros que concentra grande parte da rede hoteleira da capital paulista, permite a mobilidade por transporte público dos turistas da Copa.

 

Obras viárias

 

Na região de Itaquera, as obras viárias - novas avenidas, passagens de nível e adequações viárias - devem iniciar em junho de 2012, com conclusão no início de 2014, anuncia a Secretaria Executiva do Comitê Paulista, por meio de sua assessoria.

 

Os projetos básicos já estão concluídos, e aguarda-se a licitação, em andamento, sob responsabilidade da Dersa. No Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 4 de fevereiro foram listadas as empresas habilitadas no processo de Pré-Qualificação para execução das obras. Foram 12 construtoras, com quatro participando isoladamente e outras quatro organizadas em consórcios de duas empresas.

 

Numa primeira fase, após a análise da documentação das empreiteiras, quatro consórcios foram eliminados do páreo. Agora, deve vir a etapa de análise das metodologias de trabalho, a partir do que as empresas classificadas poderão apresentar cada uma sua proposta comercial para as obras de implantação. O modelo desta licitação é regido pela lei nº 8666 (e não pelo Regime Diferenciado de Contratação -RDC, que facilita a execução de obras públicas).

 

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