Condições precárias das calçadas de Manaus expõem pedestres a perigo

Equipe do Portal D24AM flagrou calçadas ocupadas por ambulantes, quebradas, invadidas por carros estacionados. Muitas vezes pedestres precisam andar na rua.

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 |  Autor: D24AM  |  Postado em: 26 de agosto de 2011

Ambulantes ocupam calçadas

Ambulantes ocupam calçadas

créditos: Nathalie Brasil

As calçadas dos principais centros comerciais da capital amazonense estão cada vez mais difíceis para se trafegar. Um lugar que seria para o pedestre andar com mais segurança tornou-se ponto de estacionamentos irregulares e feiras livres para os ambulantes. O pedestre, por sua vez, se torna obrigado a dividir espaço com os carros nas ruas da cidade, colocando a vida em risco.


Na Avenida Djalma Batista, zona centro-sul de Manaus, a situação se comprova. A religiosa Maria Lucia, 44 anos, aponta os problemas que enfrenta em uma das avenidas mais movimentadas da capital amazonense. "Trabalho em uma instituição carente e, todos os dias, tenho que enfrentar o desnivelamento da calçada, carros estacionados em cima do espaço destinado aos pedestres”, reclamou dona Maria.


Já na Grande Circular, na Avenida Altaz Mirim com Itaeté,na zona leste de Manaus,  os lixões, feiras livres e lanches estão tomando espaço dos consumidores que precisam das calçadas para se locomoverem. "Acho que caminhar na Grande Circular é bem pior que andar no centro da cidade, porque aqui se tem de tudo", disse o mecânico Lúcio Almeida, 42 anos.


Na rua J, no bairro Alvorada, zona centro-oeste da cidade, o desafio principal vivido diariamente por Tatiana Maia, de 36 anos, são os ambulantes que, segundo ela, invadem as calçadas e “empurram” os pedestres para o meio da rua. "O único jeito de caminhar por aqui é dividindo lugar com os carros, pois as calçadas são tomadas por ambulantes, mesas de bar e feiras livres", disse.


O fato também se repete na Avenida Marques de Santa Cruz, no centro da cidade, a única solução encontrada pelos pedestres é andar pelas ruas, pois os camelôs daquela localidade consomem todo espaço. "A calçada aqui é muito alta e os ambulantes acabam tomando todos os espaços. Caminhar por aqui é quase impossível, pois o risco da queda é eminente", disse Rosa Lima, 23 anos.


Os ambulantes querem mais espaço


A justificativa dada pelos ambulantes entrevistados pela equipe do Portal D24M encontrados na cidade é que a prefeitura não disponibiliza espaços suficientes para os mesmos revenderem suas mercadorias.


A dona de casa, Maria Inês da Silva, diz que há mais de 20 anos vende verduras e ervas medicinais na Rua 8 do bairro Alvorada II. "Sei que estou sendo imprudente, mas foi a única maneira que encontrei para sobreviver", disse a ambulante.


Mais de 7 barracas como a dona Inês, foram encontradas na rua 8 do bairro. Os locais de venda são de madeiras e obstruem toda calçada, obrigando os pedestres a utilizarem as ruas para locomoção.


No bairro Lírio do Vale, em meio a tantas irregularidades na Av. Laguna, a ambulante Elizandra Aguiar, 30 anos, encontrou uma maneira de montar sua barraca sem prejudicar os pedestres. "Antes de montar minha barraca me preocupei com o espaço, pois de nada adianta ter um local e os clientes não pararem por não se sentirem seguros".


Conscientização é a palavra de ordem da Prefeitura


Para tentar solucionar o problema, a Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), realiza uma operação para conscientizar os comerciantes do local. "Temos uma grande dificuldade com relação a esses ambulantes e camelôs que não estão regularizados. Vamos até o local denunciado, registramos o problema e, se confirmado, retiramos o ambulante da calçada. Porém, depois de três dias, os mesmos ambulantes voltam", disse.


A assessoria da Sempab, informou ainda que, no centro da cidade, as campanhas de conscientização  são intensificadas durante três vezes na semana. "Não queremos impedir a população de trabalhar, mas queremos regularizar a situação", informou a assessoria do órgão.


A Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento informou ainda que as fiscalizações vão continuar em conjunto com o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb).

 


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