Trem-bala é discussão em SP e RJ, mas ES ainda carece de estrutura cicloviária

As novas audiências para o trem-bala que ligará as cidades paulistas e a carioca ocorrerão entre janeiro e fevereiro de 2012, conforme anunciado na imprensa nacional

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 |  Autor: Séuclo Diário  |  Postado em: 16 de novembro de 2011

Trem Bala

Trem Bala

créditos: diariodorio.com

Enquanto as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro estão discutindo as datas da nova audiência sobre o projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV), a Região Metropolitana de Vitória ainda não conseguiu chegar a um consenso sobre mobilidade urbana. A instalação de ciclovias, por exemplo, ainda é um caso sem solução.
 

As novas audiências para o trem-bala que ligará as cidades paulistas e a carioca ocorrerão entre janeiro e fevereiro de 2012, conforme anunciado na imprensa nacional. Por lá, a fase de editais começará nas próximas semanas. Inicialmente, será escolhida a tecnologia empregada no empreendimento. Os principais interessados são japoneses, espanhóis e chineses.
 

Do lado de cá, a cidade de Vitória está se preparando para abrigar o corredor exclusivo para ônibus, o BRT (Bus Rapid Transit). Também está se preparando para, depois de 11 anos, retomar o sistema aquaviário de transporte de passageiros em 2012. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou metrô de superfície, no entanto, ainda é leve cogitação.
 

Na última quarta-feira (9), na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), deputados falaram sobre o tema. Um dos assuntos preocupantes para os parlamentares é a quarta ponte, uma ligação do bairro Santo Antonio, em Vitória, para Porto de Santana, em Cariacica.
 

A preocupação dos deputados é que o projeto não está detalhado no Orçamento estadual para o ano que vem. A previsão, portanto, para o início das obras ainda será em 2013. Os recursos serão liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
 

Outro projeto que está provocando o debate é o túnel subaquático, que ligaria Vitória e Vila Velha. A previsão inicial é de quase R$ 8 milhões para a obra. No último seminário sobre mobilidade urbana, na Ales, lideranças políticas municipais, estaduais e federais se colocaram a favor da gestão integrada para os sistemas de transporte em toda a Grande Vitória. A situação, eles reconheceram, está insustentável, principalmente para o usuário de transporte coletivo, que ainda enfrenta insegurança e desconforto.
 

Qualidade de vida


Dentro das discussões, pouco se fala em ciclovia. Mas, para o professor e membro da União dos Ciclistas do Brasil (UCB), Fernando Braga, deveria ser um assunto presente. Para ilustrar essa temática, o professor vai estar no próximo dia 5 de dezembro na Tribuna Popular da Ales. “Bicicleta por quê?” é a pergunta central do professor, que tem se mobilizado pela construção de ciclovias, inclusive em outros estados.
 

Um dos argumentos de Fernando é que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o uso de bicicletas como uma solução para a melhoria da qualidade de vida e a saúde pública mundial. A bicicleta é um meio de transporte leve e uma opção fácil, mas a Região Metropolitana de Vitória ainda carece de uma infraestrutura cicloviária.
 

Segundo Fernando, devido à importância dos valores que as bicicletas agregam, não é mais admissível que as propostas de melhorias de mobilidade urbana fiquem a cargo apenas de comissões de infraestrutura com arquitetos e engenheiros. Esses profissionais, na opinião do membro da UCB, em sua maioria leem apenas nas cartilhas das montadoras e empreiteiras para sustentar seus argumentos. Para ele, as decisões têm que contemplar as outras áreas envolvidas, como saúde, meio ambiente e educação.


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