Monotrilho vai trombar com linhas de alta-tensão em São Paulo

O monotrilho da linha 18-Bronze do metrô, que vai ligar a zona leste da capital ao ABC, tem pela frente linhas elétricas de alta-tensão em seis lugares

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Fonte: Folha de S. Paulo  |  Autor: Eduardo Geraque  |  Postado em: 22 de agosto de 2012

Fachada do Clube Lavínia, que poderá ser desapropr

Fachada do Clube Lavínia, que poderá ser desapropriado

créditos: Lucas Lima/Folhapress

 

O trem ainda irá cortar bairros residenciais e desapropriar dois campos de clubes de futebol tradicionais, um deles reformado recentemente por R$ 2 milhões.

 

As informações estão no EIA-Rima (estudo de impacto ambiental) apresentado pelo Metrô para obter o licenciamento ambiental prévio da obra - ele cita o caso das torres de energia como importante interferência na infraestrutura urbana no ABC.

 

Como o trem vai circular a uma altura média de 20 metros em todo o trajeto, é impossível que a nova construção e as torres de alta tensão dividam o mesmo espaço.

 

Os impactos da obra, que deverá ficar pronta, na primeira fase, em 2015, preocupam moradores de São Bernardo do Campo há um ano.

 

A estação Baeta Neves, por exemplo, está projetada sobre a torre de um condomínio de alto padrão, recém-entregue aos compradores. O estudo inicial errou ao apresentar a área como desocupada.

 

Os moradores da região que temem pelo barulho do futuro trem também não estão totalmente errados, indica o estudo. O texto cita a necessidade de que sejam feitos, pelo governo, constantes programas de monitoramento do barulho do monotrilho.

 

Outros dois problemas são as possíveis desapropriações do Lavínia Esporte Clube e do Triângulo Esporte Clube.

 

A sede do Lavínia acaba de ser reformada. No ano passado, o próprio prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), inaugurou o centro esportivo. A prefeitura investiu mais de R$ 2 milhões na reforma.

 

No total, estima o estudo de impacto ambiental, vão ser desapropriados 203 mil m². Quase 40% da área é classificada como residencial.

 

 

  editoria de arte/Folhapress  

 

 

OUTRO LADO

Por meio de nota, o Metrô informa que "as informações preliminares não podem ser tomadas como definitivas" e que apenas no projeto executivo é que as desapropriações e a solução para as linhas de transmissão de energia serão totalmente definidas.

 

Mudanças radicais no EIA-Rima, no entanto, podem exigir um novo processo de licenciamento ambiental.

 

Toda a linha será construída por meio de uma parceria público-privada. As propostas dos consórcios interessados na obra é que terão peso decisivo no trajeto, desapropriações e locais de estações.


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