Em Porto Alegre, seguir pela BR-116 é duas vezes mais demorado do que de trem na hora do rush

Apesar de chegar mais rápido, usuário enfrenta vagões lotados. Ônibus são mais confortáveis, porém a passagem é mais cara

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Fonte: Novo Hamburgo / Rádio Gaúcha  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 10 de outubro de 2013

Quem escolhe o carro, sem dúvida, é o mais prejudi

Quem escolhe o carro, sem dúvida, é o mais prejudicado

créditos: Reprodução / Cid Martins / Rádio Gaúcha

 

Na última terça-feira, dia 8, repórteres da Rádio Gaúcha fizeram o trajeto de Novo Hamburgo a Porto Alegre, até a sede da rádio, em diferentes meios de transportes: carro, ônibus e trem. A viagem de ônibus semidireto, que tem tempo de percurso estimado em uma hora, acabou sendo concluída em duas. Um acidente na rodovia congestionou boa parte do trecho, causando reflexos para quem estava a bordo do ônibus.

 

Mesmo problema enfrentado por quem saiu de carro da cidade de Novo Hamburgo. Até Esteio, onde começou a lentidão, o trânsito fluiu bem, mas do Parque de Exposições em Esteio até depois da Praça do Avião, no Centro de Canoas, média de nove minutos para fazer cada quilômetro. Enquanto isso, o mesmo percurso de trem levou 50 minutos, porém não tão confortáveis, pois a maioria dos usuários faz o trajeto em pé e ainda precisa encontrar onde se segurar.

 

Apesar de mais caro (R$ 8,20) na comparação com o Trensurb (R$1,70), o coletivo oferece conforto: ar-condicionado, banheiro e poltronas reclináveis tornam a demorada viagem mais agradável. O carro também é mais cômodo, particular e confortável, porém mais estressante para o motorista que faz o trajeto no arranca e pára, o que também aumenta o consumo de combustível. Mesmo quem usa e reclama do trem, por ter pouca ventilação, nem sinal de ar-condicionado e estar sempre lotado, ainda prefere o vagão à tranqueira da rodovia.

 

Chegando a Porto Alegre, a baldeação. A integração com a bicicleta funcionou muito bem. Apesar de algumas falhas na manutenção, o sistema de aluguel de bikes se mostrou ágil e prático. O percurso entre o Mercado Público e a Rádio Gaúcha foi feito em 25 minutos e o total com o ônibus levou 2h40min.

 

Já o caminho de ônibus até o prédio da RBS foi feito em 40 minutos, desde o desembarque do trem, o trajeto até a parada de ônibus, na avenida Salgado Filho, e o percurso de coletivo até a esquina da Ipiranga com a Érico Veríssimo, num total de 1h30min. Já de carro, após o trânsito melhorar ao chegar na Freeway, voltou a trancar na avenida Castelo Branco. Na altura da rodoviária de Porto Alegre, foram duas horas desde a saída da estação Santo Afonso, em Novo Hamburgo. A chegada no prédio da Rádio Gaúcha foi no tempo exato de 2h13min, de muita paciência e cansaço do motorista.

 

Além de comparar os prós e contras de cada modal, o teste da Rádio Gaúcha incluiu também o percurso de trem com uma bicicleta, o que não foi fácil, a começar pelas restrições. Só é permitido levar a bike dentro dos vagões entre 9h30 e 11 horas, ou à tarde, entre 14 horas e 16 horas, e à noite, das 21 horas e 23h20min. No horário de maior movimento, que é justamente quando o trabalhador usa o transporte público, não há condições e nem espaço no vagão para mais um equipamento, que ocupa o lugar de cerca de quatro passageiros. Trazer o próprio meio de transporte, no entanto, pode ajudar no ganho de tempo de deslocamento, sem contar que é mais saudável. Pelo teste da Rádio Gaúcha, foi necessário 1h14min para fazer o trajeto entre Novo Hamburgo e o destino final, a Rádio Gaúcha, enquanto usando os outros modais foi preciso pelo menos 1h30min.

 

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