Andar de automóvel ou pegar um ônibus, o que sai mais em conta?

Simulação com nova calculadora de mobilidade urbana compara diferentes meios de transporte para mostrar o quanto se gasta nos deslocamentos em SP. Confira

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Fonte: Mobilize/ Agência Estado  |  Autor: Da redação / Mobilize  |  Postado em: 21 de janeiro de 2014

Custo do transporte é alto, mostra simulação

Custo do transporte é alto, mostra simulação

créditos: Picture-alliance / AP

 

Uma comparação dos custos de deslocamentos de carro, táxi, moto, transporte público  - ônibus, metrô e trem - e bicicleta na capital paulista, realizada com ajuda de uma ferramenta (a Calculadora da Mobilidade Urbana, lançada pelo jornal O Estado de S. Paulo) traz o cálculo do quanto se gasta para locomover-se na cidade.   

 

Ao contrário do que muitos pensam, em determinados casos compensa mais andar de carona do que de ônibus. Por exemplo: para um percurso de até 10 km, duas pessoas em um carro popular como o Celta gastam, cada uma, R$ 2,64, enquanto que, se fossem de ônibus ou metrô, cada uma gastaria R$ 3,00. (Veja a simulação completa e entenda como a ferramenta funciona)

 


Carro no Brasil é barato

Segundo o especialista em mobilidade urbana Eduardo Vasconcellos, "usar o automóvel no Brasil, ao contrário do que pensa a maioria dos proprietários do veículo, é barato". Por outro lado, "a tarifa do transporte público subiu muito mais do que a inflação nos últimos anos, o que acaba produzindo este resultado", afirma Vasconcellos, que é diretor do Instituto Movimento e assessor da ANTP (Associação Nacional de Trasnportes Públicos). 

 

Na sua opinião, este cálculo de mobilidade efetuado pelo jornal, rigorosamente deveria incluir os que recebem vale-transporte e pagam muito menos (cerca de 40% dos usuários), os estudantes que pagam 50% e os idosos que não pagam. O custo "médio" do ônibus daí resultante iria "dimunuir este valor da tarifa", reduzindo ou eliminando assim a vantagem do automóvel. 

 

Como coordenador do Observatorio de Movilidad Urbana da América Latina (OMU), Vasconcellos participou há alguns anos de um estudo financiado pelo CAF - Banco de Desarrollo de América Latina. O estudo, de 2007, revelou que em outros países da América Latina as tarifas de transporte coletivo são inferiores às nossas; e que os custos de uma viagem média de 9 km em automóvel são superiores aos do transporte coletivo. "Mas neste caso devemos considerar que os serviços em geral são piores, e há ainda a questão que já mencionei de que, no nosso país, o aumento foi acima da inflação", observa.

 

Sobre este trabalho da CAF, veja os gráficos que trazem dados significativos sobre o tema da mobilidade:  

 

 

  


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