O caos que tomou a cidade de São Paulo com a greve de motoristas dissidentes do sindicato, fez com que empresários da categoria pressionem a prefeitura para aumentar os subsídios pagos às empresas de ônibus. Mas impressiona o montante que atualmente já é repassado – foram R$ 22,2 bilhões entre janeiro de 2010 e março de 2014, segundo reportagem da Rede Brasil Atual.
A quantia, soma do que é pago pela prefeitura com as tarifas pagas pela população, seria suficiente para o financiamento de 22 estádios da Copa do Mundo, estabelecendo como padrão a Arena Corinthians, construída em Itaquera. Os valores evidenciam uma problemática no setor, já que não há controle sobre como esse montante é gasto pelas empresas, nem qual o percentual de lucro.
Em busca de uma solução é que foi aberta na Câmara dos Vereadores uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema, enquanto a prefeitura contratou uma auditoria internacional para verificar as planilhas das empresas do setor. O problema se agravou depois das manifestações de junho de 2013, com o congelamento da tarifa, que levou ao aumento de R$ 230 milhões para R$ 300 milhões pagos mensalmente pela prefeitura
Mesmo assim, o SP Urbanuss, sindicato que reúne as empresas de transporte urbano de São Paulo, levou para o poder público as reivindicações dos trabalhadores grevistas. A entidade garante que só terá receita suficiente para aumentar em 13% os salários de motoristas e cobradores caso aumente o subsídio pago pela prefeitura.
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