Para usuários do metrô do Recife, serviço é de má qualidade

Metrô terá esquema especial em dias de jogos da Copa do Mundo. Quem usa o serviço todos os dias reclama da estrutura

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Fonte: G1 PE  |  Autor: G1 PE  |  Postado em: 11 de junho de 2014

Na estação Camaragibe circulam, todos os dias, 45

Na estação Camaragibe circulam todos os dias 45 mil pessoas

créditos: Reprodução

 

Para chegar à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR), uma das principais opções de transporte é o metrô da capital. Os torcedores que vão assistir aos jogos da Copa do Mundo 2014 terão esquema especial nas estações, mas para quem depende do serviço diariamente, se deslocar no metrô é uma tarefa estressante. A equipe de reportagem do NETV 1ª Edição embarcou nos trens para duas viagens pela RMR: uma entre Camaragibe e o Recife e outra entre o Recife e Jaboatão dos Guararapes. O resultado da experiência foi exibido nesta terça-feira (10).

 

Na estação Camaragibe circulam, todos os dias, 45 mil pessoas. A passagem custa R$ 1,60. Para os passageiros, o transtornos já começam bem antes do embarque. “Sem escada, a gente já sobre ‘morrendo’, porque a escada rolante não funciona”, resume uma usuária do metrô sobre a falta de mobilidade na estação. “Chego estressada no trabalho e toda quebrada, porque eu levo arranhão, machucão”, reclama outra passageira. Na hora do embarque, as portas não dão conta da entrada de tanta gente; empurrões e muita confusão são desafios para quem tenta entrar.

 

Para fugir do aperto e tentar viajar sentado, muitas pessoas descem na parada seguinte à de Camaragibe para esperar o próximo trem, que geralmente vem menos cheio. “Essa é a quinta mochila que eu tenho que comprar. Todas as outras foram rasgadas aqui, quando entra, quando sai. O aperto é muito grande, não tem espaço”, reclama outro passageiro. “Eu vou descer no [Terminal do] Barro, vou pegar outra condução ainda, o [ônibus] Coqueiral, para chegar ao local que eu quero. Aqui, quem não empurra é empurrado ou não entra”, opina uma usuária do metrô. Com o calor, a impaciência aumenta, pois muitas vezes o ar-condicionado do veículo não está funcionando.

 

Descendo na estação Joana Bezerra, a equipe se dirige para a linha Sul, que leva a Cajueiro Seco. Cerca de 30 mil passageiros por dia circulam nas 11 estações diariamente. O aperto, no entanto, é semelhante. Vendedores ambulantes aproveitam para oferecer comida e produtos. Juntos, os dois trajetos levaram duas horas para serem percorridos.

 

Sobre as reclamações dos usuários, a assessoria de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que o metrô opera dentro da normalidade. A linha Centro funciona com intervalo de seis minutos entre cada um dos 16 trens; a Sul opera com intervalo de sete minutos entre cada um dos oito veículos. Apesar dos atrasos ocorrerem também em dias de pouco movimento, conforme os passageiros, a CBTU informou que a demora seria causada por pessoas que seguram as portas.

 

A companhia também informou que o aumento na demanda faz com que o metrô trabalhe no limite. Quanto ao calor, a assessoria disse que os trens novos são equipados com ar-condicionado. Dos antigos, oito estão em manutenção e existe ainda um com problema técnico que só deve ser solucionado em seis meses, muito tempo depois da Copa. Para a CBTU, as três escadas rolantes da estação Camaragibe estão operando normalmente.

 

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