Metrô de SP divulga estudo sobre hábitos de usuários

Cresce o número de usuários das classes A1, B1 e B2 no sistema, e distância média para chegar nas estações ou na atividade fim poderia ser percorrida a pé ou de bicicleta

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Fonte: Mobilize Brasil/Metrô  |  Autor: Du Dias/Mobilize Brasil  |  Postado em: 15 de maio de 2015

Levantamento traz perfil dos usuários e seus hábit

Levantamento traz perfil dos usuários e seus hábitios

créditos: Gerência de Operações Metrô SP

 

A Caracterização Socioeconômica dos Usuários e seus Hábitos de Viagem, realizada bianualmente pelo metrô paulistano, revela mudanças no perfil dos usuários e nos seus hábitos de deslocamento. Dados referentes a 2014 mostram um aumento significativo das classes A1, B1 e B2 no sistema, que deixaram de ser 34% para atingir 55% do total de usuários. Estes números indicam claramente que a opção pelo transporte coletivo não é puramente econômica, já que indivíduos das classes mais altas poderiam optar pelo táxi ou o transporte individual motorizado, se assim quisessem. É evidente que a morosidade do trânsito de automóveis também conta.

 

O recorte econômico, no entanto, não é a única leitura possível do levantamento. Dados comportamentais também podem sugerir uma infinidade de análises, como por exemplo, das distâncias das residências e atividades-fim (trabalho ou escola por exemplo). Neste sentido a caracterização revela informações sobre a concentração urbana de empregos e a capacidade de atendimento da atual malha metroviária.

 

O levantamento mostrou que, em média, o usuário do metrô paulistano mora a 5 km de uma estação e realiza sua atividade-fim num local distante a 2,6 km deste transporte. Esta última pode ser percorrida, em velocidade de passeio, em menos de uma hora a pé. Um ciclista recreativo pode percorrer 5km em 20 minutos e economizar uma condução, por exemplo. Neste sentido as informações do relatório são importantes ferramentas para gestores municipais definirem políticas públicas de intermodalidade, como melhoria de calçadas, implantação de ciclovias, bicicletários e paraciclos, faixas e corredores de ônibus e assim por diante.

 

Ainda segundo o documento, há também um crescimento notável de usuários que residem mais longe das estações, o que sustenta a real necessidade de linhas e terminais de ônibus ou bolsões de estacionamento próximos às unidades de acesso. Outro fator interessante que o relatório mostra é um índice relativamente alto de fidelidade, onde aproximadamente 45% dos usuários fazem uso há mais de 9 anos e cerca de 11% são usuários novos, com até 1 ano de utilização. Este último número precisa ser cruzado com informações de outros sistemas para que possa ser compreendido melhor -  porque tanta gente tem migrado para o metrô?

 

Especialmente se combinado com outros levantamentos, como a pesquisa Origem-destino realizada pelo próprio metrô e as contagens de ciclistas de associações e ONG´s cicloativistas, este tipo de informação revela não apenas a caracterização e os hábitos dos usuários, mas também mudanças na sociedade como um todo que podem servir de norte para políticas públicas mais efetivas, especialmente no que tange a intermodalidade.

 

Clique aqui para visualizar o relatório completo

 

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