A frota de veículos registrados em Mogi das Cruzes duplicou nos últimos 10 anos. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), entre dezembro de 2005 e dezembro de 2015, o número de automóveis e motos circulando pela cidade aumentou de 106.175 para 218.535.
Com ruas estreitas no Centro e sem infraestrutura viária capaz de dar conta dessa demanda, a solução pode estar na priorização ao transporte público e em maiores incentivos a pedestres e ciclistas, conforme aponta o recém-reformulado Plano Municipal de Mobilidade Urbana, com diretrizes a serem seguidas pelos próximos 20 anos.
No mesmo período, o número de carros praticamente dobrou. Passou de 77 mil em 2005 para 146 mil em dezembro último. Já a frota de motocicletas cresceu quase três vezes, passando de 9,5 mil para 26,5 mil. Também teve crescimento significativo o registro de caminhões: de 3,4 mil para 6,3 mil.
Mogi ainda é o polo comercial do Alto Tietê. A presença de um shopping, duas grandes universidade e diversas empresas atraem para o município visitantes diários de toda a região. A Prefeitura já trabalha com uma frota ainda maior, de 233.436 veículos, com números atualizados ontem (20).
Para o secretário municipal de Transportes, Nobuo Aoki Xiol, é impossível ao Município acompanhar um aumento médio anual de 10% na frota de veículos. Mesmo com o crescimento em desaceleração, devido à retirada de estímulos e ao mau momento da economia, Mogi das Cruzes tem hoje um veículo para cada dois habitantes.
Xiol vê isso como resultado de um descompasso entre as ações apresentadas pelo Governo Federal nos últimos anos. Enquanto a política nacional de mobilidade preconiza o incentivo ao transporte coletivo ou não motorizado, a política econômica facilitou o acesso ao veículo individual.
Em vez de abrir novas ruas, a tendência é tentar mudar o comportamento atual e dar preferência ao transporte coletivo.
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