VLT de Fortaleza inicia operação em setembro, diz governador

Governador Camilo Santana visitou obras, que desde 2010 aguardam desapropriações. Em setembro sistema pode ter as primeiras operações assistidas

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Fonte: Diário do Nordeste  |  Autor: Diário do Nordeste  |  Postado em: 01 de junho de 2016

Obras do VLT dependem ainda de desapropriações

Obras do VLT dependem ainda de desapropriações

créditos: Divulgação

 

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Fortaleza, que se estendem por 13,4 km - e quando pronto ligará a Parangaba ao Mucuripe - estão com 60% de conclusão. Os trabalhos foram retomados em julho de 2015, após terem parado por um ano. Com o reinício, o percurso foi dividido em três áreas. Ontem, o governador Camilo Santana visitou a obra e informou que o trecho II, localizado entre a Av. Borges de Melo e a Parangaba será entregue em setembro, quando terá início a operação assistida. Porém, 40% dos processos de desapropriação ainda serão iniciados. Isto, segundo Camilo, poderá afetar este prazo.

 

Durante a visita realizada no canteiro de obra da Estação do Papicu, localizada nas proximidades do terminal situado no mesmo bairro, Camilo defendeu que a intervenção do VLT "é uma prioridade da atual gestão".

 

O gestor acrescentou que o Governo tem feito um esforço para "mesmo com recursos próprios concluir a intervenção e realizar as desapropriações".

 

Conforme informado na ocasião pelo titular da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), André Facó, ao todo aproximadamente 3.000 famílias serão afetadas de alguma forma pelas obras do novo modal. Porém, até este mês somente cerca 1.800 famílias "já passaram por algum processo de remanejamento, seja parcial ou integral". Outras 1.200, o equivalente a 40% do total, sequer entraram em negociação.

 

Conflitos

O titular da Pasta e o governador voltaram a reiterar, durante a vistoria, que as desapropriações têm impactado o ritmo da obra e que o cronograma, que estima a finalização dos trabalhos até dezembro de 2017, pode ser comprometido devido à esta dificuldade. "É uma obra que temos que negociar com cada família. Temos um problema entre o Papicu e Mucuripe e outro perto da Avenida Borges de Melo, onde famílias tinham invadido, mas nesse trecho já conseguimos negociar. Em todo o processo há uma negociação permanente", ressaltou Camilo.

 

O titular da Seinfra informou que os "conflitos" se concentram, sobretudo, em duas grandes áreas específicas, incluídas no trecho III - que vai do Iate (no Mucuripe) até a Av. Borges de Melo. Segundo André, na comunidade do Lagamar, no bairro São João do Tauape, cerca de 600 famílias que serão afetadas ainda irão começar o processo de desapropriação. A outra área de conflito, que vai da Av. Santos Dumont à Estação Iate, segundo ele, abriga cerca de 550 famílias a serem desapropriadas.

 

Durante a visita, Camilo reforçou também que a intenção é inaugurar parte do equipamento - trecho II - em setembro e garantir o funcionamento do VLT como um todo até o fim de 2017. Mas, reiterou que esses prazos podem ser alterados. "Não gosto de estabelecer um cronograma porque é uma obra que não depende só da engenharia ou da construção, depende de toda essa negociação com muitas famílias ao longo de todo trecho", ponderou.

 

Prazos

Já o titular da Seinfra, André Facó, acrescentou que foi fixado um prazo - primeiro semestre de 2017- para a conclusão destas 1.200 desapropriações. Ele reforçou também que assim como a Linha Sul do Metrô de Fortaleza, o VLT, que cortará 22 bairros da Capital, funcionará, inicialmente, em operação assistida e, posteriormente, passará a operar de modo comercial.

 

Os trabalhos desenvolvidos na remodelação do ramal ferroviário, utilizado para transporte de carga, hoje, tem ritmo e características distintas em cada um dos três trechos. Nos 13,4km de extensão, as intervenções distinguem-se indo desde a limpeza de terreno para instalação de canteiros de obras até acabamentos em estações já estruturadas.

 

As obras do VLT começaram em abril de 2012 com previsão de término para a Copa do Mundo de 2014. No entanto, as intervenções tiveram atrasos e foram paralisadas de junho de 2014 a junho de 2015. Segundo o Estado, devido ao descumprimento dos termos do contrato, a gestão teve que romper com o consórcio anterior e abrir um novo processo licitatório em abril do ano passado. O custo total dos três trechos, divulgados, atualmente, pelo Governo do Estado do Ceará, é de R$ 151,2 milhões. Estes recursos são oriundos do orçamento estadual e do Governo Federal.

 

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