Bike Arte acontece neste sábado (30) em São Paulo

Encontro de cultura e cicloativismo ocupa o bairro da Luz, Centro de São Paulo, a partir das 11 horas

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Fonte: Mobilize Brasil / Aro Meia Zero  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 26 de julho de 2016

 


Neste sábado, 30 de julho, a região da Luz, centro de São Paulo, recebe o Festival Independente Bike Arte, uma atividade que reúne cicloativismo, artes gráficas, música e apoio social a pessoas em situação de rua. O festival é promovido pelo Instituto Aromeiazero em parceria com o estúdio de design Rebimboca, com a Casa Rodante e com o apoio institucional da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Com o evento, essas organizações pretendem conquistar as ruas da cidade para as pessoas e ocupá-las com diversas formas de manifestações culturais.

 

O cruzamento entre as ruas Cleveland e Helvétia, território conhecido popularmente como cracolândia, foi o local escolhido para a realização da edição 2016 do evento.  A intenção é construir com os moradores, transeuntes e habitantes locais um espaço de cultura e arte de rua no bairro da Luz, de forma a valorizar essa região da cidade. Entre as atividades, há apresentações musicais e teatrais em palco montado na região, oficina culturais e artísticas, oficina gratuita para conserto de bicicletas e área gastronômica, com foodbikes e tendas de comidas variadas.

 

Pirações Urbanas
Para complementar a festa e reforçar o caráter democrático do evento, o Instituto Aromeiazero abriu inscrições para o Pirações Urbanas, edital que selecionou cinco iniciativas para acontecerem durante o Bike Arte 2016. Os projetos precisavam se encaixar nas seguintes plataformas: artes cênicas, dança, música, oficina lúdica, mostra fotográfica, escultura, instalação, projeção,  apresentações, grafite, brincadeiras e saraus. A seleção obedeceu a critérios como  inovação, criatividade, potencial coletivo e, acima de tudo, deveriam conversar com temas ligados ao universo das ruas, da cidade, da mobilidade e da diversidade cultural de São Paulo. As atividades aprovadas recebem ajuda de custo de R$ 500,00. 


Atividade: oficina de mecânica de bicicletas
 


Veja a programação do Festival Bike Arte
(das 11 às 17h):
 

Oficina BikeRetalhos - Coletivo Olhares Urbanos

Oficina criativa inspirada em desenhos infantis e monstros da infância em que, de forma lúdica e prática, cada participante confecciona seu boneco de sucata utilizando peças de bicicletas que não serão mais usadas. A ideia é dar vida aquilo que não se deseja mais, transformando ferro velho em um objeto de afeto. 

 

Imaginavc - Associação Imagina/Imagina Coletivos
Um convite para a experimentação de novos modelos de mundo. 

Atividade 1:  Rodas de conversa sobre os temas: O Limite de Viver com Menos,#Ocupando a política com os secundaristas e Encorajamento e Fortalecimento Feminimo.

Atividade 2:  Oficina e colação de lambe-lambes pelo centro de São Paulo relacionados aos temas acima .

Atividade 3:  Jogatina de baralho: jogo TRETA, uma forma leve e divertida de praticar empatia.

 

Bicicleta Geradora - Silas Batista

A bicicleta geradora é uma atividade didática que visa mostrar aos voluntários a capacidade de geração de energia elétrica por meio das pedaladas (energia motora). Durante o Bike Arte 2016, as biciclistas geradoras fornecerão energia limpa para o festival. Quanto maior o número de pessoas pedalando, maior é a quantidade de energia produzida. Cada pessoa pode gerar em média 50 W, equivalente ao consumo de uma TV LCD.

 

Let it bloom - Sentimentos são para florescer

Oficina de intervenção interativa em que os participantes falam(por escrito ou verbalmente) sobre suas fragilidades, medos, ansiedades e vergonhas e, aos poucos, esses depoimentos, transforma-se em bordados produzidos pela artista Priscilla Vicenzo. O objetivo é tecer uma rede de sentimentos em torno da vulnerabilidade, tão comum a todos, e quebrar o ciclo de individualismo da cidade.

 

Mapa Pedal Afetivo em Sampa

A instalação interativa propõe aos participantes marcarem sua bike stencil no mapa da cidade de SP, com uma cor do menu de emoções, de acordo com as sensações que aquela região marcada desperta no participante. Para a marcação, os locais da cidade devem remeter a alguma experiência afetivas do participante, que pode ser a infância, histórias de amor, aventuras, amizades, sonhos ou algum bem estar que a ciclomobilidade tenha proporcionado. O mapa ficará exposto durante todo o Bike Arte 2016 para as pessoas interagirem. Em alguns momentos, serão filmados alguns depoimentos dos participantes durante suas interações com os símbolos postados no mapa.  

 

Pimpex
A equipe do Pimp my Carroça estará no Bike Arte para reformar a carroça, triciclo ou bike de catadores da região.

 

Exposição visual

Artistas e galerias cederam ilustrações e lambe-lambes para a exposição a céu aberto do Bike Arte 2016. Além disso, artistas  como Rodrigo Machado, Heraldo Cândido, Índio Badaros e Julinho farão um mural de grafite ao vivo, durante toda a tarde de atividades. Entre os participantes, tambem estão nomes como a galeria Choque Cultural, os estúdios BijaRi e Rebimboca, os coletivos Imagina vc. e OcupeaCidade e os artistas Edson Ike, Elisa Riemer, Paula Resenda, Luda e Fabrizio Lenci, da Vapor 324.  

 

Música
Às 11h:
 Abertura, com Dj Clerouak 

Às 14h: Yannick Delass (Congo)
Compositor, cantor e guitarrista congolês-são-tomense, se apresenta como um grande ativista nas causas que envolvem a exploração sexual, tráfico infantil e a luta pela igualdade racial e justiça social. Delass integrou muitos corais religiosos como vocalista e como diretor, participou de outros três. Formou-se em canto e harmonia musical no centro Reveil Du Salut (R.D Congo) e integrou bandas que contribuíram em sua evolução musical como “FTR Music” e “Banda da Ilha”. 

 

Às 15h: Santa Mala (Bolívia)
Três irmãs mc's bolivianas que integram o coletivo Latam Esquad. Produzem um rap interventivo, "de minas", "de bolivianas", "de barrio". Um rap direto, cheio de influências da cultura latina de rua, que preenchem com a força das suas realidades. Nascidas em La Paz, vivem no Brasil há alguns anos, e além de rappers, são também modelistas, donas de uma confecção própria, no bairro do Belém, zona leste de São Paulo. Enquanto trabalham aproveitam para fazer letras e ouvir um som.

 

Às 16h: NÃ (Brasil)
A banda NÃ apresenta seu elogiado álbum de estreia, Farpa, lançado em maio de 2016. O disco busca capturar as disrupções nas quais vivemos, estabelecendo narrativas que precisam ser (re)colocadas, através de múltiplas referências musicais e filosóficas. Afropunk, poesia marginal, crônicas cotidianas, referências literárias de críticos da modernidade, samba, jazz, música experimental, riffs de guitarra e coros apocalípticos compõem o cenário sonoro. Com: Thiago Babalu (bateria), Bjanka Vijunas (voz), Fernanda Broggi (voz), Thiago Pereira (baixo), Renato Ribeiro (guitarra/violão), Júlio Dreads (percussão/sample) e Michel de Moura (guitarra/voz).

 

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