Uma das medidas mais importantes adotadas pelos governos da maioria dos estados e cidades brasileiras para conter a propagação do novo coronavírus é o isolamento social horizontal voluntário ou mandatório de pessoas. No entanto, as medidas de limitação da circulação de pessoas para conter a propagação da covid-19 não podem ser confundidas com a paralisação do transporte público.
Para que muitos possam cumprir as medidas de isolamento social e ficarem em casa, muitos outros precisam continuar trabalhando e necessitam do transporte coletivo para chegar aos seus destinos.
Dessa forma, a manutenção dos serviços de transporte enfrenta desafios não apenas agora, mas também após a flexibilização do isolamento horizontal.
Em vista disso, o Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV Ceri) elaborou o documento “Transporte público e Covid-19. O que pode ser feito?”, com objetivo de traçar ações a serem empreendidas por cada um dos atores do transporte público – usuários, operadores e poder público – durante a crise do novo coronavirus. É o que explica Gregório Costa Luz de Souza Lima, um dos membros da equipe técnica que elaborou o trabalho.
Redigido por ele e mais Rafael Schechtman, Luciana Costa Brizon e Miguel Zobaran Figueiredo, o documento ressalta que o transporte coletivo é responsável por 50% das viagens motorizadas no país e fornece um serviço essencial para manter as cidades em movimento.
(Texto: Alexandre Pellegi - ANTP)