Os resultados da pesquisa mostram que a bicicleta está presente em 1,1% das viagens realizadas cotidianamente em Salvador e que, ao longo dos sete dias da semana, 2% da população utiliza a bicicleta como meio de transporte.
O uso da bicicleta não impacta apenas a sensação de bem-estar nos deslocamentos, mas também traz ganhos ao meio ambiente. Se a parcela da população de Salvador que mais utiliza veículos motorizados individuais (como o uso de automóvel como passageiro ou motorista, táxi/app ou moto) e ônibus utilizasse a bicicleta em todos os trajetos de até 8 km, a cidade teria uma redução de 37% na emissão de CO2.
Verificou-se que os ciclistas são mais ativos fisicamente do que o restante da população da capital baiana, e se todos passassem a ter o mesmo padrão de atividade física que o dos ciclistas, haveria uma economia de até 14% dos custos do Sistema Único de Saúde municipal com internações ocasionadas por doenças do aparelho circulatório e diabetes. Isso equivale a uma economia de R$ 19,4 milhões de reais por ano.
Economicamente, uma troca para a bicicleta favoreceria principalmente os cidadãos da classe C, que reduziriam seus gastos com transporte de 13% para 7% da renda pessoal (economia média de R$ 90/mês), com ganhos de tempo nos trajetos significativos.