Metrôs avançam (devagar) em cidades brasileiras

Extensões e inaugurações de novas linhas ampliam a ainda pequena rede metroviária do Brasil

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Fonte: Mobilize Brasil  |  Autor: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil  |  Postado em: 08 de setembro de 2017

Embarque no metrô de Fortaleza (CE)

Embarque no metrô de Fortaleza

créditos: Metrofor

Alguns quilômetros de metrô foram incorporados à malha de transportes urbanos sobre trilhos entre 2016 e 2017. Os maiores destaques foram as cidades de Salvador e Rio de Janeiro, que avançaram em novas linhas de seus sistemas metroviários.

Regiões metropolitanas, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, contam também com antigos sistemas de "trens de subúrbio", que passam por processos de modernização ou "metronização", como costumam dizer os técnicos do setor. Assim, alguns especialistas defendem que os trens urbanos deveriam ser considerados metrôs. Capacidade dos sistemas, intervalo entre trens, tipo de motorização entre outros itens são alguns pontos que permitem diferenciar as modalidades. 

Para ajudar a discussão, reproduzimos o critério adotado pela Confederação Nacional de Transportes

Modalidades de transporte ferroviário urbano de passageiros
O transporte de passageiros sobre trilhos em meio urbano abrange uma diversidade de modalidades (sistemas), que se distinguem por:

- capacidade de transporte;
- níveis de segregação em relação ao tráfego de pedestres e veículos;
- intervalo entre trens;
- inserção no território (em zonas centrais ou suburbanas);
- traçado em subterrâneo, em superfície ou elevado;
- espaçamento entre estações;
- tecnologia de tração. 

Enquadram-se nessas modalidades o trem metropolitano, o metrô, o monotrilho, os veículos leves sobre trilhos e os pequenos monotrilhos de conexão aeroportuária os chamados automated people mover. A diferenciação conceitual entre algumas delas nem sempre é precisa, pois para cada uma existe uma variedade de tipologias, havendo uma continuidade e mesmo uma sobreposição de características entre modalidades distintas. Disso resulta que, em diferentes cidades, modalidades de transporte com características semelhantes sejam eventualmente classificadas de maneira distinta – ou, ainda, que sistemas muito diversos entre si sejam identificados como uma mesma modalidade. 
 

Desta forma, alguns sistemas de trens urbanos, como a Linha 9 da CPTM, em São Paulo, têm características de metrô, enquanto alguns sistemas chamados de metrô, como o de Teresina, são mais assemelhados a trens urbanos. O Gráfico a e a Tabela a seguir permitem entender a situação atual (set 2017) em doze capitais do Brasil.

Quilômetros de trilhos em doze capitais do país
Dados compliados dos sites das próprias operadoras

  Metrô VLT Trem Total
São Paulo 81  - 258 339
Rio de Janeiro 58 28 220 306
Recife 39,5  - 31,9 71,4
Natal  -  - 56,2 56,2
P. Alegre 43,9  -  - 43,9
Fortaleza 24,1 19,5  - 43,6
Brasília 42,4  -  - 42,4
Salvador 22,7  - 13,6 36,3
Maceió  -   32,1 32,1
J.Pessoa  -  - 30 30
B. Horizonte 28,2  -  - 28,2
Teresina  -  - 13,6 13,2
Fonte:  CBTU, CNT, MetroFor. Metrô SP, Metrô DF, Metrô Rio, MetrôREC, Metrô Bahia, TrensUrb | Setembro 2017

Trilhos urbanos em capitais brasileiras

 

 

 

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Comentários

Michell - 02 de Fevereiro de 2018 às 22:00 Positivo 1 Negativo 0

Linhas Campineiras do VLT ao Estilo Metrô: A - Amarela (Norte) B - Verde (Leste) C - Vermelha (Sul) D - Azul (Oeste) E - Roxa (Centro-Oeste) "Com Operação em Monotrilho"

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