Centro vivo, bicicletas, saúde: ideias para um Rio aos 456 anos

Visão de arquitetos, ativistas e empresários sobre como o espaço urbano e a mobilidade podem ajudar a transformar a realidade atual em uma cidade sustentável no futuro

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Fonte: O Globo/ Mobilize Brasil (edição)  |  Autor: Rafael Galdo  |  Postado em: 01 de março de 2021

Reflexões para uma cidade melhor: Rio de Janeiro 4

Reflexões para uma cidade melhor: Rio de Janeiro 456 anos

créditos: Caminha Rio/ Reprodução

Vislumbrar o Rio no futuro é tarefa para quem entende e vive as muitas nuances desta cidade que completa 456 anos nesta segunda-feira (1º). Esta a opinião de ativistas, arquitetos e empresários ouvidos em uma matéria hoje do jornal O Globo. 

 

A mobilidade urbana é central nas preoocupações dos entrevistados: o ativista e empreendedor social Raull Santiago, o arquiteto Miguel Pinto Guimarães, a diretora criativa da Farm Kátia Barros, e o carnavalesco Leandro Vieira. Abaixo, destacamos os trechos da reportagem em que o tema é abordado mais de perto. 

 

Para ler a matéria na íntegra, com todos os depoimentos e fotografias destes entrevistados tendo ao fundo paisagens características da cidade do Rio, clique aqui. A seguir, veja o que pensam estes moradores sobre o espaço urbano e a mobilidade na capital fluminense:  

 

Profundo conhecedor das favelas e da periferia, Raull Santiago acha fundamental que se modifique a lógica da segurança pública, trocando a política de confrontos com tiros por ações de médio e longo prazos para transformar a realidade. Ele aposta na valorização de espaços públicos subutilizados e abandonados: 

 

"Faria um mapeamento para resgatá-los. E também usaria estruturas já existentes. É um absurdo o teleférico do Complexo do Alemão parado. Imagina numa estação um campus de ensino, em outra, um centro tecnológico, um anfiteatro ou um cinema", diz Santiago, reivindicando que a cidade perceba a pujança criativa entre moradores das comunidades. "As favelas e periferias constroem soluções que impactam para um Rio e um mundo melhores", completa. 

 

Teleférico do Alemão, parado há anos. Foto: Clarice Castro/Governo do Rio

 

Para o arquiteto Miguel Pinto Guimarães, uma ideia é deixar para trás a ótica de cidade partida, fomentando por exemplo a habitação no Centro, uma região com farta estrutura de transportes mas com atividade comercial esvaziada pela pandemia: "A história urbana do Rio é feita por repulsão, afastando as pessoas. Agora, precisamos trazer os moradores de volta. E, para atraí-los, temos que mostrar as qualidades do Centro, como uma malha de transportes fantástica. Reabitar e reabilitar a região: esse é o futuro", ressalta.

 

Já a empresária Kátia Barros defende que a cidade como um todo ganhe ares mais sustentáveis:

 

"Sugeriria mais bicicletas disponíveis para a população se deslocar. O Rio oferece um cenário ao ar livre incrível que merece ser apreciado." 

 

Um Rio mais amigável: pedal com as crianças na Lagoa Rodrigo de Freitas. Foto: Caminha Rio

 

A rua, e mais especificamente a sua cultura, estaria igualmente no centro dos planos do carnavalesco Leandro Vieira para sacudir os ânimos atuais. Ele acredita que a força artística, somada aos ímpetos de retomar a vida normal quando a pandemia for embora, é um trunfo para os próximos anos. "A vontade de estar na rua deve ser potencializada. E feliz da cidade que possa ganhar dinheiro com sua atividade cultural", diz Leandro.

 

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