Excesso de motos põe Arapongas (PR) em alerta

Aumento de motocicletas nas ruas araponguenses faz com que acidentes com esses veículos se tornem cada vez mais comuns

Notícias
 

Fonte: TN Online  |  Autor: Da Redação  |  Postado em: 05 de março de 2012

Moto: Ágil, veloz e... perigosa

Moto: Ágil, veloz e... perigosa

créditos: Tribuna do Norte

Ágil, veloz e... perigosa. É assim que as motocicletas são vistas, sobretudo em Arapongas. A cidade experimenta um sensível aumento no uso desse tipo de veículo e, por consequência, também vê subir os números de acidentes sobre duas rodas. Só na semana passada foram duas mortes.

 

Arapongas possui historicamente características que a diferenciam de outras cidades. Uma delas é o alto número de bicicletas nas ruas, utilizadas principalmente por trabalhadores da indústria e do comércio para ir e vir do trabalho.

 

Porém, com a facilidade de crédito e com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro nos últimos anos, muitos ciclistas acabam optando pela maior rapidez e conforto das motos. A superpopulação de motocicletas nas ruas araponguenses faz com que acidentes com esses veículos se tornem cada vez mais comuns.

 

Rodrigo Moretto é operador de maquinário e possui moto há cinco anos. “Troquei a bicicleta pela moto por causa da maior rapidez”, diz.

Já Tiago Barbosa, que trabalha na indústria metalúrgica, trocou a bicicleta por causa do conforto. “A moto é melhor porque não precisa ficar pedalando”, conta.

 

Nos últimos cinco anos, o número de motos e motonetas (scooters) em Arapongas subiu 39,4%. Isso representa um adicional de mais de 5,3 mil veículos. Só ao longo de 2011 foram mais de 1 mil motocicletas novas registradas na cidade, quase três motos por dia. Atualmente, quase 20 mil motos e motonetas circulam na cidade todos os dias.

 

A título de comparação, Apucarana possui pouco mais de 14 mil motos e motonetas.

 

“Nós vemos o aumento do número de motos com muita preocupação. É uma situação grave e que exige a nossa atenção”, afirma o major Sérgio Dalbem, diretor de trânsito da Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (Sestran).

 

Um dado alarmante é em relação ao número de mortes no trânsito araponguense. Dos 16 óbitos ocorridos no ano passado, 13 foram de motociclistas, de acordo com a Sestran. Em 2011, houve 775 acidentes envolvendo motos no município.

 

De acordo com Sérgio Dalbem, um dos problemas está na formação dos condutores. “Os pilotos aprendem na autoescola a se equilibrar, mas não a reagir em situações de trânsito. Na avaliação do Detran, eles não vão para as ruas como é feito com carros, mas fazem um circuito de equilíbrio em um pátio. Alguns mal sabem frear direito, por causa de um vício trazido das bicicletas”, assinala.

 

Leia também:

 

Investimentos em modais de transporte e mobilidade urbana são prioridades para melhorar competitividade do Paraná 

Motorista de Ponta Grossa, Paraná, não respeita rampa de acesso 

Paraná: Som no transporte coletivo, ou desliga, ou desce 


  • Compartilhe:
  • Share on Google+

Comentários

Nenhum comentário até o momento. Seja o primeiro!!!

Clique aqui e deixe seu comentário