Voluntários já adotaram 30 pontes em São Paulo

Campanha Adote uma Ponte quer estimular melhorias de segurança para pedestres e ciclistas nas pontes e viadutos da capital paulista. Participe!

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Fonte: Mobilize / Mandarim Comunicação  |  Autor: Marcos de Sousa  |  Postado em: 29 de setembro de 2014

Ponte nova do Morumbi, São Paulo

Ponte nova do Morumbi, em São Paulo: trilha radical

créditos: Adote uma Ponte/Ciclocidade


Mais de 90 voluntários já estão participando da campanha Adote uma Ponte, iniciada no dia 22 passado pela Ciclocidade - Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo. A proposta é estimular os ciclistas e pedestres que utilizam cotidianamente as pontes e viadutos de São Paulo a fotografar, filmar e escrever pequenos relatórios sobre os problemas que enfrentam na travessia dessas infraestruturas, hoje dominadas pelo tráfego de veículos motorizados.

O objetivo é estimular as autoridades a melhorarem as condições de conforto e segurança para pedestres e ciclistas. Coincidentemente, já no dia 23, a prefeitura paulistana anunciou um plano para melhorar essas travessias e prometeu realizar uma experiência piloto na Ponte da Casa Verde, que liga o centro à zona norte da cidade.
 

Até o momento, 30 delas foram "adotadas", com destaque para as pontes da Cidade Universitária, Eusébio Matoso e do Jaguaré, que receberam mais adesões de voluntários. Na área de imagens e comentários (http://adoteumaponte.tumblr.com/), porém, a maior parte registra as pontes da Freguesia do Ó, das Bandeiras e da Vila Guilherme, além do Viaduto da Lapa. 
 

Alguns dados sobre os participantes: 

  • 79% das pessoas que adotaram uma ponte passam várias vezes por semana por elas;
     
  • 79% (tb!) cruzam essas pontes de bicicleta, 27% de ônibus, 26% de carro e 21% a pé;
     
  • 23% não cruzam as pontes de bicicleta ou a pé por falta de uma estrutura mais segura.
     

Pontes se tornam muros

Quem caminha - ou pedala - pela cidade conhece a dificuldade de atravessar as alças de acesso, nas extremidades das pontes. "Essas estruturas foram construídas a partir dos anos 1960 com o objetivo de aumentar a velocidade de chegada (e saída) dos veículos nas pontes. Era a lógica das rodovias de alta velocidade trazidas para dentro das cidades", explica Carlos Henrique Lopes, diretor da Ciclocidade.
 

 Assim, os veículos motorizados - carros, motos, ônibus e caminhões - circulam em alta velocidade e, como não existem faixas de pedestres, semáforos ou qualquer sinalização de advertência, as pessoas são obrigadas a aguardar uma brecha no trânsito e correr para chegar ao outro lado a salvo. A travessia se torna mais fácil nos horários de pico, quando os congestionamentos paralisam o trânsito nas pontes, mas o risco de atropelamentos continua existindo mesmo nessas condições.
 

Para aderir é simples: basta acessar o site da campanha (www.ciclocidade.org.br/adoteumaponte) navegar no mapa e escolher uma ponte ou viaduto, fazendo o seu registro. Ao se tornar colaborador, o voluntário poderá enviar informações sobre as dificuldades que enfrenta em relação a estrutura “adotada”. Valem fotos, vídeos, relatos ou dados sobre o uso e situação da ponte. As pessoas que aderirem à campanha também poderão utilizar as ferramentas de mobilização da campanha, como panfletos, stêncil para produzir sinalização alternativa, lambe-lambes com mensagens da campanha e, ainda, postagens para compartilhar nas redes sociais.
 

Serviço:
Campanha Adote uma Ponte
Informações em www.ciclocidade.org.br/adoteumaponte


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