Metrô de Salvador: vence quem exigir menor contrapartida, diz secretário

Trens dos sistema metropolitano terão operação assistida para a Copa das Confederações, em 2013

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Fonte: Terra  |  Autor: Hermano Freitas  |  Postado em: 08 de outubro de 2012

Metrô de Salvador tenta ficar pronto para a Copa d

Metrô de Salvador: para a Copa das Confederações

créditos: Hermano Freitas/Terra


O secretário baiano da Casa Civil, Rui Costa, declarou que o governo do estado vai colocar o metrô para funcionar já na Copa das Confederações, em 2013. Segundo o economista declarou ao portal Terra, o sistema de transporte terá uma operação assistida em junho de 2013 para atender ao torneio teste da Copa de 2014.

 

Inicialmente vinculada à prefeitura, a companhia do Metrô de Salvador foi criada em 1999 e assumida pelo governo do Estado em janeiro de 2012. A operação, com aporte da iniciativa privada, deve ter início em caráter experimental no ano que vem. Ganha o consórcio privado que exigir menos dinheiro da Bahia. "Será vencedor da concessão o que der a menor parcela para o Estado pagar", declarou Costa.
 

Veja a entrevista com o representante do governo do estado da Bahia.

 

Como está a situação do Metrô? 

Queremos fazer uma operação assistida para a Copa das Confederações em 2013 na primeira parte. Queremos a Linha 1 esteja funcionando integralmente na Copa do Mundo de 2014 juntamente com algumas estações da Linha 2. Nossa expectativa é que pelo menos até a estação de Pernambués já tenhamos funcionando até a Copa de 2014.

 

Junto a isso, haverá obras viárias? 

Temos algumas obras viárias associadas. Viadutos da Avenida Paralela, faremos alguns viadutos, o primeiro deles no Imbuí. Algumas avenidas como a Gal Costa, que vai se conectar com a Avenida Pinto de Aguiar, duplicando a avenida Pinto de Aguiar. Mais na frente vamos fazer a Avenida 29 de Março, que vai se interligar com a Avenida Orlando Gomes, que também será duplicada.

 

Estas duas avenidas, junto com a Luis Eduardo Magalhães, farão a ligação da BR-324 à Avenida Paralela, que vamos interligar também com a Suburbana. Portanto, teríamos as quatro grandes avenidas interligadas. A Avenida da Orla, a Paralela, a BR-324 e a Suburbana, são as quatro grandes seriam cruzadas pelas avenidas que vamos licitar a partir do final deste ano.

 

Todos os retornos da Paralela saem, sendo substituídos por viadutos, e no canteiro central passaremos com o Metrô até o município de Lauro de Freitas. Isso dará maior fluidez à avenida e é necessário para a colocação do metrô, mas retirando os retornos e com as avenidas você dá passagem direta para o miolo da cidade sem precisar fazer retorno. Com o metrô, vamos diminuir o trânsito porque as pessoas vão preferir entrar no metrô e chegar mais rápido ao seu destino, como também retiraremos muitos ônibus que hoje engarrafam a Paralela e o miolo da cidade do Iguatemi porque as linhas se tornariam desnecessárias com a implantação do metrô.

 

O metrô não conviverá com as linhas de ônibus? 

É evidente que o metrô não é capaz de substituir integralmente as linhas de ônibus. O metrô conviverá com as linhas de ônibus. O que nós não podemos ter é concorrência. Não é bom para o sistema. O ideal é ter complementaridade, não que sejam concorrentes. Queremos organizar o sistema de transporte para que seja complementar, não concorrente.

 

O senhor falou em operação assistida durante a Copa das Confederações. Então durante este período não haveria cobrança de tarifa? 

Não está definido se haverá cobrança ou não. Haveremos de decidir. O que eu chamo de operação assistida é porque é voltada especificamente ao evento. É um evento internacional, de grande porte, então até lá não teremos funcionalidade do Metrô, até porque temos apenas 6 km concluídos. Queremos chegar com operação específica para o evento Copa do Mundo.

 

O metrô operará em esquema de Parceria Público Privada (PPP). Já apareceram interessados? 

Temos quatro grandes consórcios nacionais que se articulam com grupos internacionais que vão concorrer. Eles já estão credenciados, já participaram de audiências públicas. O governador já esteve na Europa e na Ásia, no sentido de divulgar e atrair investidores, seja para se associarem a um dos quatro ou aos quatro ou para atrair um quinto concorrente.

 

Qual será o critério para a escolha do grupo, a menor tarifa? 

Teremos um projeto-referência. A ideia é que ele seja licitado para quem exija a menor contrapartida do Estado. Há uma parcela do investimento público, uma parcela do investimento privado e a receita da tarifa, mas a receita da tarifa não será o suficiente para remunerar o investimento privado. O Estado terá que aportar uma contrapartida ao longo dos anos da concessão. Será vencedor da concessão o que der a menor parcela para o Estado pagar.

 

Além do metrô, o torcedor terá alguma alternativa para chegar à Fonte Nova, através do porto? 

Vamos ter um terminal específico para o turista. Haverá a possibilidade, para quem chega de navio, de ir a pé para o estádio porque a distância é curta. Sairão do novo terminal caminhando, sobem o elevador Lacerda e, já na cidade alta, caminharão por vias e calçadas que estamos remodelando neste momento porque são ruas e passeios antigos. Estamos alargando, dando acessibilidade, requalificando passeios para dar mobilidade para que cheguem a pé.

 

Na Fonte Nova há alguma obra viária em andamento para facilitar o acesso? 

Em primeiro lugar, vamos requalificar os passeios em todo o entorno do estádio. Estamos construindo ali dois viadutos, ampliando um já existente, o do Bonocô, e criando dois outros. Um deles levará direto ao estacionamento. E, no entorno, serão realizadas todas as obras viárias no sentido de facilitar o tráfego. Vamos, em parceria com o município, fazer todas as obras viárias no sentido de facilitar o tráfego seja para a Copa das Confederações ou da Copa do Mundo. Estamos fazendo, em todo o entorno, fazendo uma operação específica de reordenamento do tráfego ali na região em parceria com o município.

 

O investimento disso sai todo do Estado? 

Temos recurso do Estado e recurso da União, a maior parte em recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento. Estamos definindo ainda obras complementares, mas diria que nas obras do entorno custarão cerca de R$ 30 milhões. As outras obras que ainda licitaremos no final do ano, portanto não temos o orçamento. Incluindo viadutos e passeios.

 

Há um prazo para a entrega destas obras do entorno? É possível garantir para a Copa das Confederações? 

Todas as obras do entorno do estádio estarão prontas para a Copa das Confederações. As outras obras viárias, da Paralela e de outras partes da cidade, ficarão prontas para a Copa do Mundo.



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