Em Floripa, projeto inclui barcas (catamarãs), monotrilho e carros elétricos

Consórcio apresentou ontem (20), na Assembleia Legislativa de SC, estudo de mobilidade baseado em sistema de transportes integrado

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Fonte: Economia SC  |  Autor: Da redação  |  Postado em: 21 de agosto de 2013

Projeto Terra Mar, do arquiteto Jaime Lerner

Projeto Terra Mar, do arquiteto Jaime Lerner

créditos: Divulgação

 

O estudo para a implantação de um novo sistema integrado de transporte público na região metropolitana de Florianópolis foi apresentado por um dos dois consórcios que disputam a parceria público-privada com o governo do Estado para melhoria da mobilidade urbana na Grande Florianópolis.

 

Cento e 80 mil veículos trafegam por dia na Ilha, de acordo com o diagnóstico do consórcio Floripa em Movimento. Desse total, 50% atravessam as pontes Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, provocando o estrangulamento do trânsito. O diretor do consórcio, vice-presidente da Brasell Gestão Empresarial, Halan Lemos Moreira, disse que o grande desafio na Grande Florianópolis é fazer o usuário de carro optar por um transporte de massas. Ao todo, são 674,4 mil deslocamentos por dia.

 

Apenas 30% da população utiliza o transporte coletivo existente atualmente. "Aqui há mais de um carro por habitante, o uso do transporte individual é cultural e social", afirmou. A apresentação de um novo sistema modal foi feito à imprensa pela diretora técnica do consórcio, a norte-americana Karalyn Moreira,  na tarde desta terça-feira, dia 20, na sala de imprensa da Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

 

No diagnóstico socioeconômico,o consórcio identificou que existe uma preferência clara pelos veículos particulares na Grande Florianópolis, onde circulam mais de um milhão de habitantes. "A renda per capita é alta, assim como o nível de educação da população", disse Karalyn.

 

Para melhorar a fluidez do trânsito, o Floripa em Movimento propõe, sem que haja aumento da tarifa atual, um sistema com barcas e monotrilho integrados com o transporte coletivo existente para a demanda pendular Ilha-continente e vice-versa; e o sistema do carro elétrico Pod-Sit, conectados a grandes estacionamentos para atender a demanda de múltiplas origens e múltiplos destinos.

 

De acordo com o estudo, o transporte marítimo em catamarãs, tem potencial para reduzir em até 50% o tempo de chegada ao centro da cidade; já a implantação do sistema de monotrilho, por exemplo, reduziria o tempo de uma viagem do Kobrasol ao terminal Rita Maria para 11 minutos. O sistema de monotrilho foi dimensionado para atender 160 mil passageiros/dia.

 

Os deputados Renato Hinnig e Reno Caramori receberam um exemplar do resumo do projeto que ficará à disposição da Comissão de Transportes da Alesc. Segundo Hinnig, a empresa CCR que também participa da PMI foi convidada a apresentar seu projeto, porém prefere aguardar os encaminhamentos do Estado. O projeto foi elaborado pela iniciativa privada, habilitada através do PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), aviso nº 002/2013, do governo de Santa Catarina.

 

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