A proposta deste trabalho é buscar tornar as cidades mais seguras e confortáveis por meio da implementação de programas de políticas públicas e de projetos alinhados a legislações para pessoas com deficiências e ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU, através do Pacto Global.
Pesquisas demonstram que as intervenções urbanas com foco na acessibilidade para pessoas com deficiências, utilizando-se do princípio do desenho universal, propiciam um caminhar seguro e autônomo, resultando na melhoria da vida social e de trabalho, e colaboram para a preservação ambiental.
Na cidade de São Paulo, as implantações dos projetos inclusivos do Programa Rotas Acessíveis evidenciaram - através das vistorias técnicas, relatos de alunos e de instrutores de Instituição que atendem pessoas com deficiências visuais - que houve significativa melhora no caminhamento para todas as pessoas, equiparando a oportunidade de uso e de acesso nas vias urbanas, demonstra a análise de Micheletto.
O artigo defende ainda que projetos como o Rotas Acessíveis, que priorizam os modais não motorizados, em especial o caminhar, facilitam os acessos e equiparam as oportunidades entre as pessoas e suas atividades, como também preservam os recursos naturais que se deterioram a cada dia com as políticas voltadas à motorização.