Pesquisa mostra que 43% dos idosos no Brasil temem cair na calçada

Estudo do Ministério da Saúde divulgado hoje (1º), Dia do Idoso, revela que falta de mobilidade urbana é um dos graves problemas enfrentados por esta parcela da população

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Fonte: Mobilize/ Portal do MS  |  Autor: Regina Rocha/ Mobilize Brasil  |  Postado em: 01 de outubro de 2018

Medo ao atravessar as ruas atinge 36% dos idosos o

Medo ao atravessar as ruas atinge 36% dos idosos ouvidos

créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estudo realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Fiocruz, e divulgado nesta segunda-feira (1º), quando se celebra o Dia Nacional e Internacional do Idoso, traz dados inéditos sobre o perfil de envelhecimento desta parcela da população brasileira. A ideia é que os dados sirvam de subsídios para a construção e adequação de novas políticas públicas capazes de fortalecer a saúde do idoso. 

Entre os destaques deste estudo, os problemas relacionados à mobilidade urbana aparecem nos números como um dos grandes entraves à qualidade de vida dos idosos (como aliás, de toda a população). O estudo menciona que 85% da população com 50 anos ou mais vivem em área urbanas.

Entre os relatos sobre os hábitos de comportamento, 43% dos idosos acompanhados pelos pesquisadores declararam ter medo de cair na rua devido aos defeitos nos passeios. Além disso, 36% dizem se sentir inseguros ao atravessar as ruas, devido ao trânsito de veículos. 

“Quando você fala de calçada, de buraco no asfalto, de receio em atravessar a rua, isso diz respeito à mobilidade urbana, sinalização e respeito, e à educação de todos no trânsito”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. “Isso tudo tem que ser estudado como questão de mobilidade urbana”, completou.

Pesquisa
O perfil da saúde do idoso, traçado no Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) traz dados ainda sobre o uso dos serviços de saúde, as limitações funcionais, as causas de hospitalizações, entre outras condições sociais que determinam a qualidade de vida para esta população. Participaram da pesquisa, segundo os organizadores, mais de 9 mil pessoas com 50 anos ou mais, entre 2015 e 2016, em 70 municípios nas cinco regiões do país. Embora a legislação considere idosa pessoa com 60 anos ou mais, a pesquisa é longitudinal - ou seja, vai acompanhar a evolução da situação desse público nos próximos anos.

O custo do estudo foi de R$ 7,3 milhões, sendo R$ 4,2 milhões do Ministério da Saúde e R$ 3,1 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A intenção, segundo o governo, é subsidiar a construção e adequação de políticas públicas de saúde.

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