Plano de Mobilidade Urbana quer tornar transporte coletivo mais eficaz

"O Plano não é um ponto final, mas também ponto de partida para administração municipal implementar suas políticas", diz o texto.

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 |  Autor: O Jornal Mossoroense  |  Postado em: 26 de agosto de 2011

Transporte Público

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créditos: O Jornal Mossoroense

O Plano de Mobilidade Urbana de Mossoró (PMUM) já foi enviado pela Prefeitura de Mossoró à Câmara Municipal de Mossoró (PMM) e prevê ações que, se colocadas em prática, resolverão antigos problemas de transporte público da cidade, especialmente o transporte coletivo. É que o Plano estabelece uma nova rede de transporte coletivo em Mossoró.


O PMUM foi elaborado com base em trabalho científico da Start Pesquisa Consultoria Técnica Ltda., que formatou as mudanças com base em pesquisa de opinião popular, consultas à Gerência Executiva de Trânsito (Getran) e em audiências públicas para ouvir a sociedade, segundo a mensagem enviada à Câmara.


Trata-se da proposta de conjunto de ações que orientarão políticas de mobilidade urbana em Mossoró e que alimentarão processo continuado de planejamento e de gestão.
Segundo o Plano em análise no Legislativo, o sistema de ônibus será ampliado e composto por diversas linhas que deverão funcionar de forma integrada, ou seja, permitindo que os usuários utilizem mais uma linha, com pagamento de apenas uma tarifa. Serão criadas linhas-troco, ligando polos de maior demanda a outras linhas. 


EFICIÊNCIA


O Plano propõe criação de novas linhas, a fim de tornar o serviço mais eficiente, encurtando distâncias. Para isso, faz comparativo entre a situação atual e o cenário proposto com as mudanças. Atualmente, o sistema possui extensão média de 22 quilômetros para as linhas. A intenção é reduzi-la para 15 quilômetros, em média.


A rede atual, segundo o PMUM, apresenta boa cobertura, mas exclui vias importantes. A rede proposta permitirá plena cobertura de toda a área urbana de Mossoró. Linhas estranguladas em horários de pico terão suporte de linhas auxiliares, com objetivo de integrá-la e resolver problemas de concentração de demandas.


Atualmente, o sistema possui frequência média entre as viagens de 25 minutos. A intenção é reduzir esse tempo para 14 minutos, em média. Ou seja, os ônibus passarão a circular com mais frequência nos terminais. E o tempo médio de viagem, com as mudanças, estima-se ser reduzido de 66 minutos para 43 minutos.


Além de mais eficiente, objetiva-se tornar o transporte coletivo mais barato. Pretende-se reduzir a passagem, hoje R$ 1,85. "A rede proposta, se implementada em sua plenitude, pode gerar um ganho operacional, reduzir os custos e até viabilizar redução na tarifa na ordem de 30%", diz o texto do Plano.


A ampliação da rede, conforme o PMUM, priorizará também áreas em franco crescimento na cidade, como os conjuntos Abolição/Mossoró West Shopping, bairros Sumaré, Costa e Silva/Rincão, entre outros. O plano traz desenhos de mapas com as novas linhas propostas, as quais, se tiradas do papel, abrangerão toda a cidade.


O Plano de Mobilidade Urbana de Mossoró por enquanto é só um projeto. Para virar lei e entrar em vigor, ainda precisa ser aprovado na Câmara Municipal e sancionado pela Prefeitura. As mudanças previstas nele também dependerão do Executivo, que licitará as novas linhas, e das empresas concessionárias.


Lei ainda sem previsão de quando entrará em vigor


O Plano de Mobilidade Urbana de Mossoró é um ponto de partida para soluções que pode ser alterado para aperfeiçoamento na Câmara Municipal, onde tramita na forma de Projeto de Lei Complementar nº 055/11. A proposição deu entrada na Casa dia 30 de junho e ainda não foi analisado de forma aprofundada pelos vereadores.


A proposta está nas comissões da Casa, onde precisa ser aprovado para posterior aprovação no plenário. Mas, antes dessas votações, a Câmara cogita realizar audiência pública para ouvir a sociedade, a fim de subsidiar eventuais mudanças a serem feitas pelos vereadores, através de emendas ao projeto.


Por isso, o Plano de Mobilidade Urbana de Mossoró ainda não tem previsão de quando entrará em vigor, já que ainda depende de aprovação da Câmara e sanção do Executivo. A expectativa é que aprovação ocorra ainda este ano, a fim de o Plano esteja apto para começar a ser aplicado no exercício de 2012.


Intervenções em benefício a motoristas e pedestres


Além de prever aperfeiçoamento do transporte coletivo, o Plano de Mobilidade Urbana de Mossoró propõe uma série de intervenções em favor do tráfego geral, pedestres, motos, bicicletas nas principais vias da cidade para resolver problemas urgentes, como congestionamentos e falta de vagas para estacionamentos.


O PMUM disciplina estacionamento rotativo; circulação de veículos de carga; circulação de veículos de tração animal; criação de rotas para bicicletas; monitoramento eletrônico; criação e manutenção de sinalização horizontal e vertical, regularização do pavimento e mudança de sentido de tráfego nas vias.


Também propõe duplicação das avenidas Francisco Mota e Dix-neuf Rosado (Leste-Oeste); alargamento de vias (como as pontes da avenida Presidente Dutra); proibição da circulação de veículos de cargas acima de 4 toneladas, exceto situações autorizadas; reordenamento de estacionamentos e eliminação de pontos críticos.


O Plano propõe criação de novas vias, como a Rodovia do Sal, no segmento entre a BR-110 (sentido Areia Branca) e a BR-304 e seus respectivos entroncamentos; integração entre a rua João Cordeiro (Barrocas) e a BR-110 (prolongamento da rua João Falcão); e duplicação do trecho da BR-110 entre essas duas intervenções.


Essas mudanças são previstas até 2020, de acordo com o crescimento médio populacional de Mossoró por ano (3,81%) e aumento anual da frota de veículos (3,5%), segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Objetivo é tornar espaço urbano mais democrático e eliminar gargalos do trânsito de Mossoró.


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