VII Desafio Intermodal do DF: ônibus quase empata com corrida

Desempenho do transporte público piora a cada ano; bicicleta continua ganhando se for considerado todos os fatores analisados

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Fonte: Rodas da Paz  |  Autor: Rodas da Paz  |  Postado em: 21 de setembro de 2015

VII Desafio Intermodal do DF

Desafio Intermodal do DF: ônibus e corrida, quase empate

créditos: Ciclovida/UFPR

 

Foi realizada hoje, dia 21 de setembro, a sétima edição do Desafio Intermodal de Brasília. O Desafio ocorre em várias cidades do Brasil, sempre em uma data próxima ao Dia Mundial Sem Carro e se propõe a avaliar a eficiência de diversos meios de transporte num trajeto tradicional da cidade. A proposta é avaliar não apenas o tempo gasto para se chegar ao destino final, mas também o custo monetário e a emissão de poluentes. Por isso, não basta chegar em primeiro lugar: o impacto ambiental e o peso do transporte no orçamento no final do mês também contam.

 

No total, 29 voluntários saíram no mesmo horário (7:15:00) da Qe 07 do Guará I até o Museu Nacional, num percurso que variou de 13 a 15kms, de acordo com o trajeto escolhido. Foram 15 modalidades de deslocamento avaliadas, incluindo deslocamentos mistos: Moto, Carro, Taxi, Ônibus, Metrô, carona, cadeirante no ônibus, Bicicleta Mountain Bike, Bicicleta Speed, Bicicleta Urbana, Bicicleta Urbana + Metrô, Bicicleta Dobrável + Ônibus, Bicicleta Tandem, deslocamento a pé (corrida e caminhada).

 

Levando em conta fatores como a emissão de poluentes por passageiro, a emissão de ruídos e o custo financeiro da viagem, a bicicleta mantém a liderança como meio mais eficiente, muito além do tempo de deslocamento, tendo diversos benefícios coletivos. Embora tenha feito o menor tempo, a moto tem custo significativo, emite mais poluentes e gera maior risco ao usuário.


Apesar de praticamente não haver estrutura cicloviária em boa parte do trajeto (EPTG), esta se confirma novamente como uma alternativa eficiente e viável. Nesse sentido, o uso da bicicleta deveria ser incentivado e estimulado por meio de políticas públicas de ampla dimensão.

 

O ônibus, apesar da licitação de renovação da frota, da tentativa de se racionalizar as linhas e do recente aumento na tarifa, vem apresentando piora no quesito tempo ao longo dos anos. Em 2013 o ônibus levou 44 minutos no trajeto Guará 1 – Museu Nacional, em 2014 aumentou para 53 minutos e em 2015 o trajeto levou 1 hora para ser percorrido, tendo apenas 3 minutos de vantagem sobre quem saiu literalmente correndo do Guará 1 rumo ao Museu Nacional.

 

Embora tenham sido mais lentos, o ônibus e o metrô ganham do carro e do taxi nos critérios de sustentabilidade ambiental, custo individual e custo social, já que são mais baratos e transportam muito mais passageiros, ajudando também a evitar congestionamentos.

 

Avaliação Geral e por cada critério nos modais

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Destaque para os modos ativos no ranking geral: bicicleta, corrida e caminhada

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Carona, a pé e corrida tem os custos mais baixos, junto com a bicicleta.  O cadeirante possui passe livre no transporte coletivo do DF, de acordo com a Lei Distrital nº 4.887/12. O taxi apresentou custo menor que o Uber e ainda mostrou vantagem por poder ter circulado no corredor de ônibus da EPTG. A moto fez o melhor tempo médio, porém, perde muitas posições nos demais indicadores.


Os corredores chegaram apenas 3 minutos após o ônibusdesafio3


Os meios de transporte individuais e motorizados apresentam o maior impacto ambiental: carro, taxi e motodesafio4

 

O relatório final com as análises comparativas com anos anteriores, avaliações dos participantes sobre praticidade, conforto e segurança do trajeto e imagens do evento será publicado em breve.

 

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