Redução de linhas em SP é 45% maior que a divulgada pela Prefeitura

Dados sobre a redução no número de trajetos que sofrerão mudanças, previstas em edital, estavam erradas, admite gestão

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Fonte: R7  |  Autor: Fabíola Perez  |  Postado em: 08 de março de 2018

Número de linhas deve cair para 1.403, e não de 1.

Número de linhas deve cair para 1.403, e não de 1.336 em SP

créditos: Idec

A Prefeitura de São Paulo divulgou números errados na apresentação do edital de ônibus para consulta pública, disponíveis desde dezembro de 2017. O número correto de  redução de linhas proposta pela prefeitura é de 216 linhas, e não 149 — um aumento de 45% na redução de trajetos na cidade.

 

A gestão do prefeito João Doria (PSDB) propõe uma série de mudanças no sistema de transportes de ônibus que atende a cidade. De acordo com a prefeitura, 936 ônibus serão retirados de circulação em função da reestruturação dos trajetos.

 

Na tabela, disponível no site da SPTrans, o total de linhas atuais é de 1.337, uma a mais do que o número divulgado na apresentação sobre a nova licitação de transporte público coletivo, elaborado pela SPTrans.

 

Segundo as informações enviadas à reportagem, a prefeitura listou 1.336 linhas existentes no sistema atual. De acordo com o órgão, com as mudanças, o número de linhas cairia para 1.187.

 

Porém, ao somar todos o número de linhas, o número divulgado chegava a 1.403, e não de 1.336, como consta na página anterior do material informativo da prefeitura.

 

Questionada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte afirmou na terça-feira (6) que o número de 1.336 seria corrigido e que o número correto era 1.403.

 

A mudança significaria que a redução proposta pela prefeitura no edital do transporte público seria de 216 linhas, e não 149. Isso significaria um aumento de 45% na redução. 

 

A reportagem do portal R7 insistiu em eventuais correções nos números das linhas e, no final da tarde de quarta-feira (7), a SPTrans enviou nova resposta contradizendo a informação anterior dada pela própria pasta e atualizando os números da apresentação. Segundo a pasta, o erro aconteceu no número final. 

 

O documento ficou três meses disponível para a população para consulta e debate sobre as propostas, usando como referência os números. A consulta pública terminou na última segunda-feira (5).

 

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