No Dia do Ciclista, intervenção urbana chama atenção para ciclovia em Vitória

Trecho nas docas, no centro de Vitória, é utilizado por muitos trabalhadores, mas fluxo intenso de carros põe ciclistas capixabas em risco

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Fonte: Século Diário  |  Autor: Henrique Alves  |  Postado em: 19 de agosto de 2014

Obras da nova ciclovia de Vitória

Obras da nova ciclovia de Vitória

créditos: Reprodução

 

Na manhã desta terça-feira (19), o Centro de Vitória amanheceu com as obras da ciclovia das Docas, na Avenida Elias Miguel, um há muito acalentado sonho dos ciclistas. O serviço, com placa, cerca de isolamento e trabalhadores uniformizados, chamou a atenção de motoristas e encheu de esperança os ciclistas. Mas tudo não passou de uma intervenção urbana organizada pelo grupo Ciclistas Urbanos Capixabas (CUC) para marcar o Dia Nacional do Ciclista, celebrado nesta terça.

 

“Não foi um protesto. Nós chamamos de intervenção urbana para chamar a atenção dos governantes sobre a necessidade dessa ciclovia”, explica Detinha Son, do CUC. Ela destaca um levantamento da Prefeitura de Vitória segundo o qual por ali são registradas cerca de 1,5 mil viagens diárias de ciclistas. Como sempre, a maior parte são trabalhadores, vindos na região sul da capital, de Cariacica e Vila Velha.

 

Todos esses ciclistas, no entanto, ficam à mercê de um trânsito frenético, com carros passando em alta velocidade e colocando em risco a segurança dos ciclistas. Daí a felicidade dos ciclistas ao ver “homens trabalhando” na pista: “Pensamos em desmentir na hora. Teve um que chegou e disse: ‘Passo aqui há 15 anos e sempre acho que não vou voltar para casa’”, conta Detinha.

 

O Dia Nacional do Ciclista é, antes de uma data festiva, um ato simbólico pela segurança do ciclista. Em 19 de agosto de 2006, o biólogo Pedro Davison morreu após ser atropelado por um automóvel no Eixo Rodoviário Sul, em Brasília. Tinha apenas 25 anos. O veículo estava em velocidade excessiva e o motorista, embriagado. O motorista que o atropelou dirigia em velocidade excessiva e estava embriagado.

 

O ato em Vitória, portanto, se explica: é um apelo pelo tráfego seguro dos ciclistas. A intervenção durou apenas uma hora, entre 6h e 7h. Para não obstruir o trânsito, a intervenção ocupou um trecho de estacionamento com capacidade para 110 vagas – que poderia muito bem, vide o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, virar ciclovia ou ciclofaixa. A ação foi apenas um sonho, mas, pela reação das pessoas na rua, um sonho bom.  

 

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