No RS, mortes de pedestres ocorrem mais à noite e aos finais de semana

Embora o número venha caindo nos últimos anos, ainda assim foram 412 pedestres mortos no Rio Grande do Sul em 2011, 404 em 2012 e 394 no ano passado

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Fonte: Folha do Mate  |  Autor: Fernando Uhlmann  |  Postado em: 11 de setembro de 2014

Em sete anos, 2.936 pedestres morreram em acidente

Em sete anos, 2.936 pedestres morreram em acidentes

créditos: Claudio Fachel / Palácio Piratini

 

Para incentivar o debate nesta Semana Nacional de Trânsito, que tem como tema Cidade para as pessoas: proteção e prioridade ao pedestre, o Detran/RS realizou um levantamento sobre acidentalidade envolvendo pedestres no Rio Grande do Sul. O estudo analisou todos os acidentes com morte envolvendo pedestres entre 2007 a 2013, apontando que as mortes de pedestres no RS ocorrem mais à noite. Nesses sete anos, 2.936 pedestres morreram em acidentes de trânsito no Estado, cerca de 21% do total de 13.968 vítimas fatais no período.

 

Embora o número venha caindo nos últimos anos, ainda assim foram 412 pedestres mortos no Rio Grande do Sul em 2011, 404 em 2012 e 394 no ano passado. O percentual dos atropelamentos sobre o total de acidentes também vem reduzindo, com algumas oscilações. Em 2007, atropelamentos foram 26% dos acidentes com morte que ocorreram no RS. Esse percentual passou para 24% em 2010 e para 22% em 2013.

 

Cerca de 70% das mortes de pedestres aconteceram nos dias de semana e 46% à noite. O percentual de mortes de pedestres é menor, em relação à distribuição geral de vítimas, nos finais de semana e nos turnos na manhã, tarde e madrugada: 23% das mortes de pedestres acontecem à tarde, 19% pela manhã e 11% no turno da madrugada. A distribuição para o conjunto das vítimas de trânsito, incluindo também os outros usuários, é de 22% pela manhã, 24% à tarde e 18% durante a madrugada.

 

Como seria de se esperar, dada a quantidade de pedestres circulando no meio urbano, a maioria das vítimas (55%) perdeu a vida em vias municipais. O percentual entre o total de vítimas fatais é de 40% dentro das cidades.

 

Idosos

Embora as vítimas fatais com mais de 65 anos tenham representado 12% do total de mortos no trânsito, quando se analisa somente os atropelamentos, o percentual de idosos sobe para 30%. As mulheres que morreram em atropelamentos também representam uma fatia maior do total de vítimas: elas foram 32% dos pedestres mortos, enquanto representaram 21% do total de mortes causadas por todos os tipos de acidentes de trânsito (incluindo os atropelamentos).

 

Locais de risco

Um grupo de 14 municípios gaúchos concentraram 50% do total de atropelamentos com morte no RS de 2007 a 2013. Seja pelo tamanho da frota e da população, seja pela presença de rodovias, nessas localidades morreram 1.466 dos 2.938 pedestres atropelados no período. Porto Alegre, Caxias, Pelotas, Viamão, Gravataí, São Leopoldo, Santa Maria, Novo Hamburgo, Rio Grande, Canoas, Passo Fundo, Sapucaia do Sul, Lajeado e Erechim são os municípios que registraram o maior número de mortes de pedestres.

 

A ERS-040, em Viamão, concentrou o maior número de mortes por atropelamento (64), seguida pela BR-290, em Porto Alegre (36), e pelo trecho da BR-116, em São Leopoldo (36). As avenidas Bento Gonçalves, Assis Brasil e Protásio Alves, em Porto Alegre, foram as vias municipais com maior número de mortes de pedestres. Nesses locais morreram, nos últimos seis anos, 77 pedestres. Doze logradouros de oito municípios, incluindo rodovias e vias municipais, agruparam 11% do total de atropelamentos com morte nesse período.

 

Campanha

Preocupado com esses números, o Detran/RS lança uma campanha nessa Semana Nacional do Trânsito para falar com o pedestre, especialmente as pessoas com mais idade, que são a maioria das vítimas de atropelamento no Estado. A Autarquia quer mostrar para o pedestre que ele tem um papel ativo no trânsito. Por ser mais frágil, ele deve ser cuidado pelos motoristas, mas também é um protagonista de sua segurança.

 

As dicas valem para todos, já que em algum momento do dia, mesmo quem se desloca de carro ou moto na maior parte do tempo, tem seu momento de pedestre. Além do uso da faixa de segurança, o Detran/RS relembra a primeira lição aprendida no trânsito: olhar para os dois lados, e também recomenda atravessar em linha reta, posicionar-se em lugar adequado para a travessia, onde possa ver e ser visto, e evitar comportamentos muito comuns hoje em dia, como o uso fones de ouvido e de smartphones.

 

Fonte: Governo do Estado do RS


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