A Justiça de São Paulo foi provocada pelo Metrô em acusação contra o Consórcio Metropolitano de Transportes (CMT), que reúne 24 empresas de ônibus intermunicipais e operava o antigo cartão BOM, por um calote nos repasses das tarifas pagas pelos passageiros. Segundo a acusação, os valores de viagens realizadas com o cartão BOM entre 2022 e 2025 nunca foram pagos, mesmo após o cartão ter sido substituído pelo TOP.
Para integrar ônibus intermunicipais, trens e metrô num mesmo sistema, o Metrô firmara um convênio com o CMT, responsável por operar o cartão e repassar à companhia metroviária a parte correspondente das tarifas. Segundo o Metrô, os repasses ocorreram normalmente até fevereiro de 2022, quando o consórcio comunicou que interromperia os pagamentos, afinal, havia um iminente encerramento no uso do bilhete BOM, certo?.
Errado! Alguns municípios até hoje não aderiram ao sistema TOP e continuaram a utilizar o cartão BOM. Ou seja, viagens pagas com o BOM continuaram sendo realizadas, mas sem o Metrô receber sua parte. A Justiça já reconheceu os direitos do Metrô e determinou que o CMT retomasse os repasses previstos no convênio, mas o CMT deve recorrer. Mesmo sem ver um centavo da dívida e sem a perspectiva de um acordo, o Metrô paulista chegou a renovar o convênio com o CMT pelo menos duas vezes.
Fato curioso é que tanto o consórcio CMT quanto o Metrô fazem parte da Associação Brasileira de Assistência ao Passageiro (Abasp) a grande responsável pela escolha da Autopass para administrar o cartão TOP
Leia também:
Metrô de SP faz 50 anos, mas ainda não atende toda a cidade
Metrô de SP inicia projeto da Linha 20 Rosa - Mobilize Brasil
Projetos para metrô no Rio e São Paulo: passo atrás...
Metrô de SP anuncia edital da Linha 19-Celeste, até Guarulhos
Acesse a plataforma Abrace uma Causa e contribua!
