Maioria dos paulistanos acha péssima a acessibilidade de ruas e calçadas

Apenas 8% consideram ótimas ou boas as ruas e calçadas da cidade. Já a acessibilidade em estações de trem e metrô é mais bem avaliada, revela pesquisa divulgada ontem (4)

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Fonte: Cidades Sustentáveis  |  Autor: Airton Goes/ Rede Nossa SP  |  Postado em: 05 de dezembro de 2018

Pesquisa avalia acessibilidade em SP em ruas e no

Pesquisa avalia acessibilidade em SP em ruas e no transporte

créditos: Mobilize/ Instagram

A acessibilidade das ruas e calçadas de São Paulo é considerada péssima por 57% dos paulistanos. Outros 32% a classificam como regular e apenas 8% a consideram ótima ou boa.

 

Estes são os principais resultados da pesquisa “A cidade e as pessoas com deficiência”, realizada pela Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência, que entrevistou 800 pessoas na capital. A divulgação do estudo ocorreu nesta terça-feira (4), em evento público no Sesc 24 de Maio, na região central.

 

Se as ruas são mal vistas pelo paulistano, o mesmo não se dá com locais como as estações de trens e metrô, que receberam uma avaliação um pouco melhor: 39% dos pesquisados afirmam que a acessibilidade nesses espaços é ótima ou boa, 36% dizem que é regular e 22% assinalam ruim ou péssima.

 

Segundo o estudo, 15% da população paulistana possui alguma deficiência, mora ou convive com alguém nessa condição; já outros 84% não se incluem em nenhuma das três alternativas. 

 

Ser uma pessoa com deficiência ou ter alguém próximo que faça parte do segmento, segundo a pesquisa, faz toda a diferença na percepção que ela tem sobre o tema. Enquanto entre os paulistanos em geral, 63% percebem sempre ou às vezes pessoas com deficiência utilizando transporte público na cidade, no grupo dos que possuem, conhecem ou convivem com pessoas nessa condição o índice sobe para 77%. 

 

Soluções
Questionados sobre qual medida poderia melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência na cidade de São Paulo, 25% dos entrevistados assinalaram a alternativa “adaptar calçadas, semáforos, paradas, pontos e terminais de ônibus”. 

 

Outras intervenções sugeridas pelos entrevistados foram: “destinar ônibus e vagões de trens e metrô adaptados para fazer o transporte exclusivo de pessoas com deficiência”, e “ampliar o programa Atende+, especializado no transporte de pessoas com deficiência”.

 

Por fim, o estudo revela que são nos ambientes públicos - transporte e espaços de convivência, como ruas, shoppings, parques e praças - que os paulistanos mais sofrem ou presenciam situações de preconceito contra pessoas com deficiência. Na amostra total da pesquisa, 29% disseram perceber essas situações no transporte público e 28% nos espaços públicos de convivência. 

 

Quando se analisa apenas as respostas dos entrevistados que possuem, conhecem ou convivem com pessoas desse segmento, os dois índices sobem muito. Cerca de 58% deles afirmam ter sofrido ou presenciado situações de preconceito no transporte público e 63% dizem a mesma coisa em relação aos espaços públicos de convivência. 

 

Confira aqui a apresentação da pesquisa “A cidade e as pessoas com deficiência”.

 

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